quinta-feira, julho 29, 2010

músicas extraordinárias

Agora que a década acabou.... digam-me lá qual foi a banda mais surpreendente, a música que mais vos fascinou... ou entreteu, o pedaço de arte que mais vos tocou?

Pensei em dizer qual a minha preferência... embora ainda não saiba bem qual é, mas acho que isso seria presunçoso da minha parte. Respondam lá primeiro ;)


-without music, life would be a mistake
Nietzsche

segunda-feira, julho 12, 2010

Polvo wins



PS:

Via Blasfémias.

Mourinho recusou Villas-Boas como adjunto

Mourinho recusou Villas-Boas como adjunto

Mundial

Já repararam que as duas melhores equipas deste mundial tiveram de se contentar com a disputa pelo terceiro lugar, sendo que as mais cansativas e fastidiosas tiveram as honras do último dia?

Outro facto curioso: Van Bommel teve apenas dois cartões amarelos durante o mundial. Dois. Carlos Carvalhal parabenizou este karateka.

Claro, o pior mesmo é ouvir o quão concordam o Luís Freitas Lobo e o Rui Santos na enorme façanha que o Carlos Queirós já fez pela selecção, trabalhando por um "projecto" que enfim, parece que foi "desenvolvido", e que portantos merece ficar no mesmo sítio.

Só espero que o repórter do Sol realmente coloque o som do CQ a dizer barbaridades da federação. Seria a solução mais barata.

domingo, julho 11, 2010

Desafio

Tenho um desafio para vós.

Imaginem o seguinte cenário: vocês não me conhecem. Não sabem quantos filhos eu tenho.

Eu digo então: "Eu tenho dois filhos". E digo ainda mais isto: "Um deles é masculino"


Qual é a probabilidade do outro ser feminino?

(Preparem-se para o mindfuck do exercício)






Bónus: coisa bonita

sexta-feira, julho 09, 2010

A grande final


... é obviamente sobre quem tem o animal de estimação mais irritante psíquico do mundo...


... Eu cá voto no polvo...

sábado, julho 03, 2010

quarta-feira, junho 30, 2010

já vos disse que não gosto de espanhóis?

Quanto a vós não sei... mas a mim certas coisas custam-me a engolir.....

1º dia do resto da vida da selecção

Ordem de Trabalhos.

Primeiro Ponto. Aceitar a demissão do presidente da federação portuguesa de futebol.
Segundo Ponto. Engolir o sapo Queiróz e aguentá-lo durante mais dois anos.
Terceiro Ponto. Desconvocar os seguintes jogadores para a próxima campanha internacional:
Deco.
Simão.
Cristiano Ronaldo.

Quarto Ponto. Dar uma medalha de mérito ao Eduardo e ao Fábio Coentrão.


(Ponto a resolver depois da reunião: contratar alguém que "trate" do problema Queiróz pro bono. Não haverá quem falte)

segunda-feira, junho 28, 2010

N percebo^2



Ainda há gente que é contra meios informáticos no jogo de futebol, porque o erro "é humano" e "faz parte do jogo". Obviamente. Tal como a corrupção, as performances teatrais dos jogadores, o hooliganismo, o narcotráfico, etc., etc. E tal como estas jóias da nossa cultura, ai que del rei se havemos de retirar do futebol a maravilha do erro do árbitro.

Qualquer dia ainda retiram ao árbitro qualquer hipótese de manipular jogos! Aí sim, esse dia marcará o fim do futebol!!

domingo, junho 27, 2010

N percebo



Depois daquele jogo de sexta, já ouvi imensa coisa dita sobre este jogo, que foi mau, péssimo, que portugal jogou com medo, que deviam demitir o Queiróz, que devíamos era mas é atacar mais, ter se calha 6 7 atacantes, porque não, se temos jogadores para isso?

Não percebo. É como se eu vivesse noutra galáxia. Porque o jogo que eu vi foi provavelmente o melhor jogo de Portugal nos últimos dois anos, se calha quatro (com a devida excepção do jogo contra a alemanha onde acho que tivemos má sorte).

O jogo que eu vi foi um jogo de uma concentração táctica e organização quase perfeitas onde a única besta a destoar foi o Ricardo Costa que nos ia custando um golo do Brasil. Um jogo inteligente. O objectivo era claro: impedir a goleada, única coisa que nos impedia de passar para a segunda fase. Tivéssemos jogado ao ataque, como a claque gostaria, teríamos dado espectáculo mas duvido muito que gostássemos depois do resultado. Depois não bastariam vozes contra a burrice do Queiroz.

Fez-me lembrar, por curiosidade de um outro jogo que me surpreendeu pela inteligência e maturidade táctica, aquele Benfica do Koeman contra o Barcelona do Ronaldinho Gaúcho (que depois ganhou a Champions. O benfica jogou espectacularmente, e tivesse o Simão marcado golo, enfim. Veio a derrota não por falha táctica mas pela burrice do lateral (com nome esquisito) que lhes deu os dois golos. Não faltou quem já nessa altura dissesse mal do Koeman, que o Benfica devia ter era jogado "de igual para igual". Porra!

Para um país tão embebido de futebol, parece que quase ninguém percebe patavina do jogo.


Entretanto, uma boa entrevista:

The Daily Show With Jon StewartMon - Thurs 11p / 10c
World Cup 2010: Into Africa - Goal Diggers
www.thedailyshow.com
Daily Show Full EpisodesPolitical HumorTea Party

sábado, junho 26, 2010

sexta-feira, junho 25, 2010

Feliz aniversário...

Comprei um telemóvel em 2ª mão. Minto. Não é um telemóvel. É um PDA. Minto ainda. Não o comprei, compraram-mo. Porque o anterior, igualzinho, se tinha estragado há muito tempo. Por isso minto também ao usar o verbo comprar em vez do verbo substituir. Talvez seja melhor começar de novo.

Substituíram-me um PDA em 2ª mão. O importante, para o caso, é ser em 2ª mão.

Uma coisa engraçada neste PDA, versão número 2, é que existe a possibilidade de fazer uma gravação permanente de informação contida em algumas áreas chave. Contactos. Eventos. Notas. Tudo isso pode ficar, com um simples clique no écran, a salvo de limpezas involuntárias do conteúdo do PDA...

A conclusão é que ontem, enquanto queria gravar os meus contactos permanentemente no PDA, para não os perder, apareceram-me os dados que o antigo dono também não quis perder.

Como resultado, hoje o meu PDA anuncia-me que uma Helena Coelho faz anos. Aparentemente 35. E eu juro que não me importava de lhe dar os parabéns, ainda que não saiba quem ela é. O problema é que a memória permanente está cheia de aniversários (mas cheia mesmo... devem ser mais de 100) e não há um único número para enviar uma mensagem de Feliz Aniversário.

É por estas e por outras que dou razão à minha avó, quando diz que estamos no fim do mundo...

terça-feira, junho 22, 2010

Ketchup



Parece que é uma questão de bater com força...

domingo, junho 20, 2010

sábado, junho 19, 2010

Há praí gente que já começa a menorizar o senhor que morreu ontem. Nem é por descaramento, ou por falta de decoro, ou o que quer que seja que me impeliu a escrever esta pequena peça. É mesmo por uma incredulidade perante a tremenda cegueira cerebral que nos inunda à volta. Não me deveria importunar muito, mas assola-se-me de um sentimento de raiva sempre que vejo tamanha arrogância intelectualóide associada a tanta falta de capacidade de reconhecer seja o que fôr de talento. Como ver bulldozers a falar mal das rosas por causa dos seus espinhos. Quando se pinta toda a vida com as cores da politica (ou o que quer que seja), tal estupidez é inevitável. Assim como a minha reacção...

quarta-feira, junho 16, 2010

Bom enfim, é bom ver que as pessoas seguem com a sua vida e que em seis meses pode acontecer tanta coisa de bom. Eu por mim, sei que também teria algo ou mesmo muito a contar... nada que não se saiba factualmente, falo no entanto dessa coisa que é a experiência pessoal, a memória subjectiva que trago comigo dos eventos que têm passado nos segmentos temporais definidos por "últimos meses"... mas não o consigo. É como se ainda não estivesse perante o tempo permitido à síntese, e qualquer coisa que eu diga sobre o assunto não me serve como genuíno, e portanto é inútil, fútil, desperdício de palavras.

Leio dizer que às vezes basta um segundo de clarividência. Bom. Tenho a esse respeito não uma teoria mas uma confusão de ideias sobre o que se passa nas nossas cabeças, e sei que por vezes, se não todas, as nossas memórias das experiências dominam a nossa percepção da realidade, porém no entanto, só nos resta essa mesma. A constante é assim o auto-engano, a ficção que contamos a nós próprios intuitivamente, inconscientemente, uma história escrita em palavras visuais ou odoríferas, hormonais talvez, não sei a linguagem do cérebro. Mas a própria palavra é errada "engano". Não é engano, pois a palavra pressupõe que há algo que a contraponha, que não seja ficção, que não seja "engano". Mas aí é que reside a monstruosa perplexidade: tal referência não aparenta existir! Chamemos-lhe "história", portanto. Restam-nos as histórias.

Lamento ainda não ter uma para vos entreter.

terça-feira, junho 15, 2010

Ambrósia e Meias

Não sei se 6 meses são tempo suficiente para se viver. Sei que um segundo é suficiente para nos sentirmos vivos. Menos que um segundo até. Um instante que nem conseguimos medir, do qual nem temos a percepção completa, basta para mudar tudo. Ou para tudo ficar na mesma, é claro, mas que interesse têm as coisas quando são iguais ao que foram e exactamente iguais ao que serão? Mesmo que sejam coisas feitas de âmbar e ambrósia? Quem é que há-de gostar sempre da perfeição de tudo?

Eu não. Um dia destes vou-me decidir finalmente a andar com uma meia do avesso, todos os dias, por convicção. Aceitarmos os nossos defeitos, as nossas falhas, a nossa imperfeição é uma grande maneira de viver a vida. Porque não começar por esse pequeno toque irónico na roupa interior? Há tanta gente a levar-se tão a sério por todo o lado. Oh, como me irritam as pessoas que se levam a sério. Tenho de tomar medidas para nunca vir a ser alguém assim. De amanhã não escapas, disso podes ter a certeza... adeus meia bem comportadinha...

Não vão acreditar, mas é verdade... não é que ainda agora estava eu tão descansadinho e me aconteceu, saído do nada, um desses instantes... vou ali e já volto!

Alexandre Farto Aka Vhils

BankSy - Where I draw the Line

BanKsy - Baloongirl

segunda-feira, junho 14, 2010

Livro Negro


1) Vida é a grande indulgência - morte, a grande abstinência. Portanto, faça o melhor da vida - aqui e agora!

2) Não há nenhum céu de glória radiante, e nenhum inferno onde os pecadores queimam. Aqui e agora é nosso dia de tormento! Aqui e agora é nosso dia de júbilo! Aqui e agora é nossa oportunidade! Escolha

você este dia, esta hora, sem nenhum redentor vivo!

3) Diga dentro do seu próprio coração, "Eu sou o meu próprio redentor".

4) Impeça o caminho daqueles que oprimem você. Deixe aqueles que planejam contra ti sejam lançados

atrás em confusão e infâmia. Deixe-os serem resíduos antes do ciclone e depois eles sucumbirem na

exultação de sua própria salvação.

5) Então todos os meus ossos dirão desdenhosamente, "Quem é como eu? Não tenho sido forte contra meus

adversários? Não tenho libertado a mim mesmo pelo meu próprio cérebro e corpo?"


Parte IV Livro de Satã - Biblia Satanica

sábado, junho 12, 2010

Numa altura de valores conturbados, avisa-se os outros dois pais do Montro que algures em Agosto deste ano o menino Monstro das Pipocas faz 6 anos e deve ser inscrito na escola primária para inicio da escolaridade obrigatória (ano lectivo 2010-2011).

Aceitam-se sugestões de escola/planos de rotatividade p/ deixar/entregar o menino da escola. Sendo uma fartura lá vou ser gozado por todos os meninos por ser um pai oleoso...

quinta-feira, junho 10, 2010

Redação 4ª classe


Disserte numa composição clara e cuidada sob o tema

“O que pode acontecer em 6 meses.” ( máximo 10 linhas) - 25 pontos



O que pode acontecer em 6 meses Por Fartura Doce.

6 meses é metade de um ano. Em 6 meses pode acontecer muita coisa, e não darmos conta disso assoberbados pela pressão do dia a dia. Em 6 meses pode nascer um bebe, e ainda assim não o conhecermos, podemos mudar radicalmente toda a vida e não nos apercebermos. Em 6 meses os nossos melhores amigos podem ficar noivos, mudarem radicalmente de vida e irem morar para longe. MAS também podem morar ao nosso lado e não os vermos nem por um isntante para jantar... Em 6 meses pode começar uma crise (o meu pai diz que o nosso PM disse na televisão que bastam 3 semanas...) podem falir bancos, falhar revoluções, começar novas no seu lugar em 6 meses podemos re-definir a nossa vida, re-inventarmo-nos e deixar todas as filosofias baratas e voltar a ser aqueles q sempre fomos...

Em 6 meses podemos trabalhar como loucos e não se recompensados... mas também podemos ficar ricos e descobrir como fabricar vida num laboratório.. ou teorizar vida no nosso sistema solar..., podemos descobrir lojas novas que vendem gelado, de um sabor que nunca imaginamos.. mas também podemos descobrir que o nosso restaurante favorito fechou... podemos fazer novos amigos... discutir com alguns mais velhos... o que não podemos é...

sabem que mais? finalmente tenho net em casa... quer dizer... a roulote das farturas onde vivo aderiu ao progresso e decidimos iniciar um negócio de "farturas on demand" alguem ai desse lado com venture capital para podermos avançar com o projecto?.... não? é a crise...

quarta-feira, junho 09, 2010

Saúde

Santinho

Espirro!

Como diz o outro:

Cheira-me a espirro! Aaaaaa...aaaa....aaaa....tchim!
não vos cheira a nada? cheira-me a pó....

domingo, janeiro 17, 2010

Fruta fresca!

Um dia destes acordei sem pé direito. De início pensei que estava a meio de mais um sonho primaveril, mas foi então que tentei sair da cama. Ora, como a perna direita é a primeira a sair da cama e a apoiar-se no chão, a falta do meu pé fez-me desequilibrar com a surpresa. O meu corpo todo inclinou-se para a direita e a minha boca foi aterrar na mesinha de cabeceira. Com o impacto perdi os dois dentes da frente e senti sangue a escorrer-me pelo nariz.

Estive uns minutos a tentar recuperar o fôlego, altura em que alguém na rua começou a chamar por mim em voz aguda. Pensei que fosse a mulher da fruta, que passava sempre nos fins-de-semana e por isso levantei-me e fui ao pé-coxinho até à janela.

Quando lá cheguei, vi que quem me chamava era um vagabundo com três pés, dois nos locais normais e outro bem seguro entre a mão direita. Acenou-me com este e depois pôs-se a abaná-lo como um leque, piscando rapidamente as pálpebras, como fazem as damas de alta sociedade. Enquanto fazia isto continuava a chamar-me com voz de mulher da fruta:

- Samueeeel! Samueeelzinho! Samueeel! Olha o que eu aqui tenho, Samuel!
- É um pé, já vi!
- É um pé, diz ele! Ahahah! O sacana! É um pé, diz o farsante! É o teu pé Samuelzinho! E fede que nem um bode velho, muito agradecido!
- O meu pé? Quem mo pode garantir. Tantos pés pela cidade fora, aos pares, logo esse havia de ser o meu! Ainda por cima é mais negro que o meu! Põe -te mas é a andar, mulher da fruta.
- O quê? Mulher da fruta?
- Ah, perdão! Senhor Comendador!
- Senhor Comendador?
- Onde está ele?
- Quem?
- O Sr. Comendador?
- Sei lá, eu não sou do distrito!
- Ah bom, veio vender fruta foi?
- Não, venho vender pés, imbecil. E tenho aqui o teu.
- O meu? Mostre cá! Não pode ser. O meu é muito mais negro. Se bem que a unha grande se parece com a minha. Diga-me lá, tem ondulação lateral ou longitudinal em relação ao crescimento da unha?
- Que é lá isso?
- Se tem ondinhas de cá para aí, ou de além para ali!
- Ah bom. De além para ali!
- Quantas?
- 8 ou 10!
- É o meu pé, sim senhor! Por quanto mo vende?
- 100 dinheiros.
- 100 dinheiros por um pé? Ainda para mais tão pequeno e amarelado?
- É pegar ou largar.
- Espere que já desço e fazemos negócio à vista.

Vesti-me e fui até à casa de banho lavar o rosto, coberto ainda de sangue. Quando me mirei no espelho reparei que tinha um sorriso belo, sem uma falha. E os dentes branquinhos e perfeitos. Mas infelizmente, faltava-me o olho esquerdo, que certamente saltara aquando do impacto no frigorífico ao lado direito da cama. Não tinha tempo de o procurar, por isso coloquei um pouco de pasta de dentes branca na órbita vazia e arranjei um botão castanho da camisa para fazer de íris.

Desci as escadas aos saltinhos e quando cheguei à rua, o vagabundo vendia fruta a um velhote que passava.

- Ah! Que é isso agora? Fruta? E o meu pé?
- Samuel, acabo de comprar esta couve a um velhote que passou! Por uma pechincha em abono da verdade!
- Seja! E o pé?
- Cá está ele!
- Humm... 150 dinheiros é o máximo que posso dar!
- Não faço a coisa por menos de 200!
- 200? Mas ainda há pouco mo querias vender por 170!
- Inflação!
- Inflação?
- Sim, inflação!
- Onde?
- Isso aí no seu olho!
- Aqui no esquerdo?
- Sim, inflação!
- Que inflação. Isto foi uma inflamação que tive ontem e ainda não passou.
- Inflação, como eu te tinha dito. Samueeeel. E voltou a usar o pé como um leque e a fechar as pálpebras, à laia de senhora da sociedade.
- Então 100 pelo pé?
- 280!
- 280? Mas há bocado querias apenas 50 por ele!
- É por causa do teu olho esquerdo. É feio. Parece um botão em pasta de dentes.
- Bom, é verdade! Foi da inflamação! Mas vejo lindamente com ele! Fiquemos então pelos 250 dinheiros?
- Seja. Cá o tem Samueeeelzinho!
- Muito obrigado!

Atarrachei o pé muito satisfeito.

- E agora Samuel, por acaso não me quer comprar uma couve?



[Long time ago... fraca tentativa de fazer lembrar Daniel Harms... mas siga!]