domingo, dezembro 19, 2004

sa(n)tanismo

Tenho andado um pouca afastado das lides deste blog. É um facto inegavel e que não pretendo camuflar, a verdade é que tenho sido atingido por uma preguiça intelectual galopante que me tem feito voltara a ver tv e olhar apaticamente para o mundo durante uns dias. Embora não me podendo afirmar um niilista convicto acredito piamente no poder da ignorancia e na fraqueza de espirito. Será certamente complicado de explicar que aceito que por vezes uma pessoa se cansa de fazer as coisas correctamente e decide fazer exactamnete o contrario daquilo q acredita estra certo. É certamente um sentimento que qualquer psicologo de se trazer por casa me poderia facilmente explicar, oq que leva uma pessoa a tornar-se apatica para com o que o rodeia, o que a leva a escolher o entretenimento no lugar da sua propria vida, a indiferência no lugar da decisão e da experimentação de novas aventuras e novos sentimentos.

Mas não foi por isso q hje decidi voltar a estar na presença dos dignissimos e indesejados leitores. Acabei a pouco de ler um artigo no jornal ("-olha para ele a armar-se em intelectualoide da batata...até já parece o outro... qq dia tb começa a vir para aqui com citações e nomes de correntes de pensamento obscuras" dirá o fiel leitor... mas asseguro-lhe q foi pura casualidade, não é meu costume praticar tais actos de cultura!!!) sobre o satanismo.

Além da abordagem histórica do assunto e dos seus recentes desenvolvimentos abordava o assunto de um ponto de vista que me pareceu fantastico... o satanismo como forma de gerar o religioso, o mal como definição do bem, as páginas tantas atribuiam o aparecimento do mal como uma discordância entre os deuses que ao tomarem posições diferentes e antagonicas obrigaram a criar um novo conceito, o de certo e o de errado. será talvéz uma descoberta filosófica pouco importante da minha pessoa por si própria, mas ela fez-me pensar um pouco mais. Admitido que existe apenas uma divindade, jeová, alá, buda... não importa qm, como terá então nascido o mal? teria sido apenas uma invenção terrena, algo criado pelos imperfeitos humanos? ou será que o mal é algo tb divino? será? é mesmo preciso um inferno que justifique um paraiso? essa é uma questão... não a vou responder pq sinceramente não sei a verdade.. pessoalmente não acredito nessa tese de um deus poderoso acredito numa tese em que todos nós somos deuses e senhores do nosso destino, somos (ou se ñ somos deveriamos ser) livres de pensar e tomar a actitude que acharmos melhor... mas ai deparei-me com uma outra nova questão... e o diabo? somos deuses e diabos, somos senhores do nosso destino, da nossa fortuna e da nossa desgraça, somos todos poderosos e no fim acabamos por nunca nos aperceber disso. O mundo que existe foi inventado por cada um de nós... existem centenas, milhares, biliões de mundos diferentes... no meu mundo a guerra é um conceito abstracto que vejos nos telejornais, mas para outras pessoas pode ser a sua forma de vida e o seu ganha pão, para outras pessoas ainda o conceito que têm de guerra pode ser tão diferente do meu que podem atribuir o nome de guerra ao nosso dia a dia... conceitos diferentes para mundos diferentes... mas afinal onde é q entra aqui o diabo? será que todos os dias pensamos igual? não será o diabo a pequena disputa interna entre os deuses que crescem dentro de nós? não será que afinal o diabo só existe no nosso corpo, e sim, estamos todos possuidos por um pequeno diabo? ñ será esse um dos problemas do mundo? o facto de nós não tolerarmos os pequenos diabos dos outros enquanto que simultaneamente tratamos os nosso como inofensivos? o facto de não aceitarmos que a nossa verdade possa estar errada ( e de facto está... pelos simples motivo que ela ñ existe.. ou ña rara eventualidade de ele existir, nós não a conhecemos....) leva a simplesmente não sejamos tolerentes com outras ideias e outras verdades absolutas e indiscutiveis diferentes das nossas verdades absolutas... verdade essa que nos ultimod dias me tem impelido a optar pelo mais facil, a aceitar aquilo que me oferecem na tv, a aprender vom as massas... a criar um sentido de colectivo, a descer a terra e partilhar o meu deus com o deus das outras pessoas. é essa a maravilha da tv de hje em dia, ela nivelas as pessoas, por baixo , mas nívela... e isso pode parecer que não mas origina pontes de contacto, ligações afectivas, formas de comunicação, maneiras de fugir a pequena ilha isolada que somos, formas de contactarmos uns com os outros... nem sempre é positivo, mas as vezes é necessário... a apologia da cOltura pimba com uma forma de progresso numa sociedade cada vez mais fechada e virada para si mesma, com a cultura da mastrubação e a era da informática, e amizades por correspondência electronica, cada vez existe menos espaço para a coversa franca ...

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