quarta-feira, dezembro 28, 2005

Leituras I

Tou a ler Nietzche: Thus Spoke Zarathustra, versão inglesa que foi a única que encontrei na net. Não que me interesse muito o Nietzche senão para compreender a idiotice filosófica a que chegámos. Só uma mente brilhante conseguiria destronar toda uma cultura e ser tão aplaudido e ajudado nessa tarefa, o comum nestes casos é ser desprezado como um anárquico e inútil, não foi o sucedido. Bem, até nem estava muito concentrado, mas logo que comecei a ler, insurgiu-se-me em mim uma gargalhada tal que me entusiasmou por de maneira a continuar. Sei que aos vinte e três anos é já um pouco tarde para isto, mas para quem ainda se entusiasma ao ler o Asterix, hão de me perdoar a minha flatulência...

Cito a primeira fala do sr. Zarathustra, que para mim é das melhores tiradas de sempre, no fundo a razão de ter criado este post:
«...he went before the sun, and spoke thus to it:
"Oh great star! What would your happiness be if you did not have us to shine for? »

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Gerrit Van Honthorst

Pintor do século XVI também conhecido por Gherardo della Notte, foi um pintor holandês do Utrecht, bastante influenciado por Michelangelo da Caravaggio. Com ele desejo-vos um bom natal!

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Liberdade e Utopia

«A liberdade, Sancho, é um dos mais preciosos bens que os céus jamais deram aos homens; nem os tesouros que a terra encerra e que o mar cobre são comparáveis a ela; para a liberdade, como para a honra, pode-se e deve-se pôr em risco a vida»

D. Quixote

A liberdade é um fenómeno de satisfação de um desejo. Se um filho deseja sair à noite e o pai não deixa, a sua fúria é apenas o sinal da sua insatisfação desse desejo: a sua falta de liberdade. A liberdade é também, paradoxalmente, o maior desejo da sociedade actual, que luta por ela. Deseja-se ter a liberdade de possuir ou alcançar a liberdade. Deseja-se a liberdade de termos a liberdade de ver satisfeitos os nossos desejos.

Este desejo é aquele que comanda hoje em dia a sociedade, aquele que quer libertar a opção dos casamentos homossexuais, a opção do aborto, a opção da eutanásia, a opção de termos realmente uma voz na sociedade, a opção da democracia, a opção da feminização do mundo, a opção de podermos usar embriões na ciência, a opção de libertar o Homem das suas prisões, das suas amarras modernas.

Mas o que alimenta o Homem deste desejo? Não é óbvio que os rebuçados que nos deram enquanto crianças (e nos satisfaziam) não nos são já suficientes? Não é óbvio que uma pessoa que lute por uma casa e finalmente a obtenha se sinta insatisfeita com isso e ponha em prática um novo plano para comprar um iate? Será que não é óbvio que sempre que os planos são cumpridos, sabe a pouco? Não, nada disso basta, poderíamos ter o sucesso que pretendíamos, e dizer: «em Roma apoteose, e com isso?»

Lembrar-me-ia de outra frase: «O que um Homem busca nos prazeres é um infinito, e ninguém renunciaria jamais à esperança de alcançar esta finalidade» (Pavese) Claro que isto é questionável. Existe muita gente que já renunciou à hipótese do infinito, ela é irracional. Mas não terá esta gente desistido da sua "Liberdade"?

A Liberdade "prende-se" sempre com um desejo do Bem, e na nossa aderência a esse Bem! Só sou livre quando me sinto EU, ou seja, quando persigo na minha liberdade aquele Bem que desejo, que está no infinito. (Faltará a satisfação desse Bem na minha vida? E que Bem será esse que não o Amor? Então o meu desejo é simplesmente ser amado?)

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Todas as Utopias são um desejo. São um sonho que um Homem um dia teve, e que deseja satisfazer, cumprir na realidade. O desejo de uma sociedade fraterna e comunista, por exemplo. Ou o desejo de uma sociedade livre em que todos façam aquilo que entenderem, por outro exemplo. Ou o desejo de uma sociedade hierarquizada e ordenada. Ou etc. Dadas tantas utopias a escolher, como escolher?

A Liberdade é a adesão de uma escolha. A escolha de um Bem. No outro dia, ouvi uma mulher a contar que tinha feito um dia uma certa pergunta. Estava indecisa: gostava de dois Homens e não sabia com quem passar o resto da sua vida. Tinha a alegria de poder amar alguém mas o medo de perder o amor do outro. Esperava que lhe indicassem um critério, uma maneira de avaliar, qualquer coisa que desempatasse a questão. Responderam-lhe: "a solução que deves escolher é aquela que te permite não perder nenhum amor". Antes ganhar os dois.

Parece paradoxal e inverosímil mas é a única boa resposta, é a única que nos preenche. É a única Utopia pela qual vale a pena lutar e "pôr em risco a vida". É Anti-Maquiavélico, pois não rescinde de nenhum Bem por outro. É com este critério que proponho que nos coloquemos perante todas as questões da nossa vida, essa verdadeira Utopia. Difícil? Diria impossível, mas a única realmente verdadeira.

E não, este não é um post sobre o relativismo, embora roce na minha crítica ao mesmo, nem tão pouco ao Aborto ou à Eutanásia ou outras mesquinhices, é sim um apanágio à Liberdade, tema tão a propósito numa quadra de Natal, onde muitos festejam o nascimento da revelação da mesma.

Feliz e Belo Natal (Livre!) para todos vós

Who laughs last?

Friedritch Nietzche: "God is Dead"

God: "Nietzche is Dead".

Cânticos de Natal e não só I

Povera Voce

Povera voce di un uomo che non c'è
La nostra voce se non ha più un perchè
Deve gridare, deve implorare
Che il respiro della vita non abbia fine.

Poi deve cantare, perchè la vita c'è
Tutta la vita chiede l'eternità
Non può morire, non può finire
La nostra voce che la vita chiede all'Amore

Povera voce di un uomo che non c'è
La nostra voce canta con un perchè

sexta-feira, novembro 18, 2005

my big brother

Acordo de um dia mal passado. Alucino e devaneio, começo a sonhar. Imagino bondades e maldades nos objectos que me rodeiam, a cadeira que é maléfica, o candeeiro que me despreza e o conta-gotas minúsculo, impotente para me ajudar. Vejo tecnologias e palavras, e-palavras, realidades inexistentes no concreto que teimam em falar-nos virtualmente. Máquinas de escrever que se agigantam em moínhos imensos, e todos nós nos julgamos Quixotes. Mas não somos. Somos apenas uma gota de água. Que não brilha. Dentro do oceano, alguém a distingue? Só se distinguem os peixes e os tubarões.

Eu que sou a gota, apenas me é possível ver a carnificina. Sou empurrado para todos os lados, mas não me "tocam" realmente. Sou povo e já estou habituado, os peixes sim, esses é que se magoam.

Dizem-me que o grande tubarão é a Microsoft. Enganam-se. É a Google. A Microsoft tem alterado a sua "estratégia" mas já é tarde. Os recursos humanos da Google (que eu me atrevo a dizer que são os melhores do mundo) estão num crescendo imparável de serviços. Primeiro o "Google", hoje o mais utilizado em todo o mundo, sucesso matemático aclamado por todos (e a home page mais utilizada também). Mais tarde o Gmail, depois o Google Earth, agora o Google Analytics, veja-se também o recém-estreado Google News (wow) e a versão beta do Google Book. Sabe-se também que o reconhecimento facial já vai ser "comprado" pela Google.

Onde pára o monstro? No domínio completo do mundo?
Veja-se esta interessante profecia.
Para termos uma ideia do poder da Google, note-se que a própria microsoft alia-se a outros parceiros para tentar derrotar o google no seu projecto "Google Book"!!!, veja-se aqui.

Por outro lado, a MS é poderosíssima, lembram-se da Netscape? Pois... poderá o Google ser "netscaped"? Outro interessante artigo que trás estas e outras questões...

O conceito "Google" será mesmo o futuro?

quinta-feira, novembro 17, 2005

efemeridades artísticas




Fractais. Site oficial de onde os tirei.

Efemeridades arquitectónicas

Excelente trabalho do repórter Fernando Guerra, que capta as efemeridades visuais de algumas obras primas... a não perder.

Somos todos parvos?

Não conheço ninguém que fale "bem" da Ota e do TGV, mas o governo, munido do seu autismo de tradição cavaquista soma e segue, agora pressupostamente com os "estudos" feitos e disponibilizados. Vital Moreira, na sua arrogância habitual diz-nos que Agora que tais estudos começaram a ser disponibilizados, quase todos os protagonistas da referida campanha fazem de conta que eles não existem...

Vejam os estudos! Dou um bolo a quem conseguir abrir os primeiros PDF! MAS PRONTO, verdade seja dita, ainda há uns poucos que são legíveis. Talvez para apimentar sem dar toda a verdade?!? Como quem quer esclarecer sem o fazer?!? Ainda por cima mal "scannados"... Mas irei ler para ver o parvo por quem nos tomam realmente...

quarta-feira, novembro 16, 2005

Ainda os Franciúús

Antes de mais tenho q deixar bem claro uma coisa, defendo castigos mais brandos para ladrões do que para vândalos. Um ladrão qdo rouba é para fazer negocio, ganha dinheiro, faz pela vida, um vândalo, qdo estraga, ñ ganha nada com isso, é só estragar por estragar.


Mais do que isso não me posso alongar, porque não compreendo as movimentações do sub-mundo francês. Estou certo q estas implicam realidades que nos ultrapassam a todos, é fácil tecer comentários sobre a escumalha de um pais, o difícil é perceber de onde ela aparece… será esta uma geração oriunda de um Magreb desolado pela guerra, incompetencia politica, e fome? Esta é uma geração de pessoas q vieram de africa, arábia, e afins, com a intenção de trabalharem num pais desenvolvido e terem uma vida melhor. Será que foi isso que encontraram? Esta sociedade de comunicação em q vivemos, mostra o idílico todos os dias. Ela empanturra-nos com o belo e o sublime aimperar, argumentando q o feio horrivel é algo de apenas pontual, e as pessoas acreditam piamente no que lhes mostram… não será q o senhor Bin Laden, qdo mandou as torres do WTC a baixo queria chamar a atenção para as mesmas coisas que este bando de rufias está agora a fazer?

Certos países ricos, estão a ficar cada vez mais ricos, e outros países pobres cada vez mais esvaziados de uma população que imigra constantemente para tentar encontrar os mundos idílicos que lhes apresentam nas novelas. Até que ponto é que os rufias não têm razão? Será comunismo querer um mundo mais justo e igualitário? Um mundo em q as pessoas não sejam forçadas a mudar de país, abandonar as suas casas, amigos e por vezes até mm famílias. Não concordo com os métodos, mas com as motivações...
A historia comprova q de facto dos oprimidos têm sempre formar erradas de chamar a atenção para as suas causas, o IRA e a ETA matavam conterrâneos seus, os palestinos imolavam-se em fogo, e qdo começaram a perceber que o cheiro a carne assada já não funcionava, começaram a matar-se de bombas ao peito…, no fundo todos esses terroristas do novo mundo lutam por uma nova ordem, melhor ou pior não sei… mas urge que ela apareca… até pq este ciclo histórico q atravessamos vive momentos de ruptura social intolerável!

segunda-feira, novembro 14, 2005

Ai alfama...


Pois é, um dia ainda me mudo para lá, o problema seria onde pôr o carro...

domingo, novembro 13, 2005

2056 - velhos

Acordo numa manhã cinzenta de domingo. Vejo-me ao espelho com algum terror: estou velho. Felizmente, na minha casa de banho encontro as minhas pomadas e cremes, e após me barrar com eles, sinto-me mais novo. Se antes me sentia com 94 anos, agora sinto-me com 54, embora tenha de facto 74. Tenho é de sorrir pouco, pois é bem sabido o mal que os sorrisos fazem a estes cremes.

Saio para a rua. Vou trabalhar pensando que os meus pais a esta idade já eram reformados, que engraçado. Cumprimento a D. Fátima que passa ao meu lado, aparentando os seus 50 anos, mas sabendo eu que pertence à minha geração. "bom dia"
"bom dia." "Então a sua irmã como vai?" "Bem, melhor agora. Sabe que os serviços hoje em dia são mais dignos que nunca. Ela na semana passada andava algo esquisita, e quando começou a espirrar, os filhos fizeram o que deviam."
"ahh pois. E correu bem, então?" "Sim, embora ela parecesse algo triste. Mas o serviço convenceu-a de que a sua morte seria digna. Também o que ela queria? Já pouco trabalhava, andava tristonha pela casa... e depois o espirro!"
"Pois... são já os sinais, não é?" - faço eu um esforço enorme para conter a minha alergia súbita. Estes perfumes matam-me.
"Os serviços são bastante úteis: dão uma lista precisa dos sinais a ter em atenção. Eu claro, nunca os tive. E quando os tiver, darei o passo condignamente."
"Claro claro, D. Fátima!"
"O senhor é que me parece um pouco branco, sr. Luís"
"É do tempo, está acizentado, e este ano evitei a praia..."
"Evitou a praia? Porquê? Está doente? Mas sabe que os novos protectores são ainda mais eficazes do que a camada de ozono..."
"Não, não, é... foi do trabalho sabe..."
"Ah, pois. Eu é que não abdico, gosto de ir à praia e bronzear o meu corpo. Olhe que no outro dia vi uma fotografia antiga, do meu avô - sabe aquele que disparatou imenso quando lhe propuseram o serviço, era louco - na praia, e fiquei enojada. Não é que aquela gente tinha cá umas coisas a sair do seu corpo, umas listas, como se fossem todos gente pobre..."
"Sim, as banhas, os pneus..."
"Mas não era só isso, era horrível, como se a pele ficasse às borbulhas, as mulheres cheias de pêlos. Horrível horrível. Admiro essa geração pela sua coragem, mas não admira que fosse um pouco louca..."
"Claro... bem, gostei muito de a ouvir. Vou para a estação. Para onde a menina vai?"
"Vou ver a minha menina. Foi fazer uma desinfestação de 5 semanas, só então é que se apercebeu..."
"... que estava grávida."
"Que maneira você tem de falar, parece um pouco como o meu avô. Bem, foi a quinta vez este ano, e tenho de lhe dizer que isto tem de acabar. Nem sequer sabe controlar o seu corpo? Basta tomar um comprimido nas manhãs seguintes... vem ela e diz que quer sentir a coisa mais natural... é compreensível."
"Bem, eu vou andando, tenho de ir para o meu ateliêr. Vou desenhar um «desinfestador». É o que hoje mais se desenha..."

E lá fui eu, tentando não sorrir e escondendo a cada vez mais constante tosse. Nem sei porque o faço, pois se significasse que os sinais me fossem dirigidos, não teria eu a coragem de fazer o que é digno? Talvez não. Sou um cobarde! Ah, enfim quanto não me valem os amigos dignos que me cercam e me aconselham sobre o melhor que é preciso fazer.

sábado, novembro 12, 2005

Arrumos de sótão VI


Meself em 2001 num momento de 38,5º graus de febre... (ai ai o cabelinho!!)

quarta-feira, novembro 09, 2005

Sobre os distúrbios em Paris

Parece que hoje todos os blogs têm uma opinião definida sobre a polémica dos imigrantes rebeldes de França, tudo alarmado até parece que estamos em guerra com o Iraque ou que a China nos vai conquistar usando estratégias capitalistas! Porra que ridículo!

Bem, se quiserem a opinião deste bloguista sobre os franceses, digo estas palavras de grande sabedoria, que sempre se adequaram aos momentos mais solenes: Cabrões de merda, vão para a puta que vos pariu! Merdosos de trampa que me vêm com ideiais de "libertééé, fratérnitééé, igualitééé" mas que culpam os polícias de desancarem em escumalha (adoro o termo, não me parece haver outro mais preciso) e desculpam estes arruaceiros com ideias humanistas, escondendo-se atrás de merdas tipo sociologia, psicologia e mais tretas acabadas em logia!

Espectacular que políticos visitem o funeral dos dois arruaceiros electrocutados de modo suspeito e ignorem o funeral dos esses sim inocentes que morrem às mãos destes arruaceiros.

"O ataque pelo ataque. A violência pela violência. Um dos alvos da última noite foi um infantário. «Porquê um infantário? Porquê um carro, porquê uma escola? Não há resposta. É a violência cega» (depoimento de um cidadão)"

Extraordinário que, vendo milhares de carros em fogo, violências sem fim, um desrespeito total pelo homem, o jornalista da RTP pergunte logo: «A culpa é nossa, não é?» - e mais tarde remata: «As forças policiais também são acusadas dos distúrbios por aparecerem ostensivamente» (como C. Medina Ribeiro reparou)

Impressionante toda uma nação que se sente culpada por estes distúrbios, lembrando-se porventura dos Direitos Civis na América e pensando na quota parte da culpa da discriminação sobre os "Afro-americanos", fazendo a transposição directa para o seu problema de inserção social dos imigrantes.

Estupidamente ignóbil, se nos lembrarmos ainda da recente morte e funeral de Rosa Parks, que testemunha o modo certo e infalível de criar verdadeiras rupturas e crescimento na dignidade humana em todas as circunstâncias, quer sejamos Negros afro-americanos ou imigrantes franceses deslocados.

Mas perfeitamente compreensível se percebermos que a nação que sempre teve por bandeira a "opressão" capitalista e a resistência aos poderes americanos, desdenhando sempre as lutas internas na América como fazendo parte da sua política "desumana", é agora atacada por dentro dessa própria lógica, ironia das ironias, o país mais "social" da Europa, a França é também opressora e desumana!

Para mim, a esses coitadinhos, queimem-nos e não é muito. E juntem-lhe a eles os campangas da Frente Nacional. Com sorte ainda se conseguem fazer uns guisadosinhos e mandar para países com falta de alimentos. Depois de despidos, claro, que as roupas também dão jeitinho...

terça-feira, novembro 08, 2005

In the Pirkinning


Deparei-me no outro dia com uma pequena maravilha da auto-iniciativa, humildade e devocação extrema e sensibilidade humorística como até há bem algum tempo não testemunhava.

Falo de uma personagem Finlandesa que, fã de ficção científica desde a sua idade de puto, e em especial de Star Trek's e Babylon 5's , vai já em mais de dez filmes caseiros completamente inventados por si próprio. Enquanto que os primeiros fazem lembrar as animações do Spectrum 48, os seguintes vão enriquecendo na sua forma e técnica à medida que Samuli Torssonen - o autor - vem crescendo na puberdade.

No penúltimo, Samuli, que conta já com uma plêiade de amigos que o seguem nas suas aventuras cinéfilas, introduz uma revolução nos seus filmes: o ecran azul e os cenários virtuais.

Aqui mostro-vos, porque o merece, o seu último produto: Star Wreck: In The Pirkinning, uma sátira tanto a Star Trek como a Babylon 5, onde James T. Pirk, o herói interpretado pelo próprio Samuli enfrenta num combate sem tréguas o comandante Sherrypie da estação Babel 13. Convido o atento leitor a assistir, com queixo caído ou olhos esbugalhados à discrição o que um orçamento realmente a zero, (gastando-se os mínimos nos uniformes e nos próprios computadores...), actores completamente principiantes (o que se denota claramente) e uma personalidade ingénua e infantil mas com uma preserverança estóica de ver o seu sonho realizado consegue realmente fazer!

Imagine-se o leitor, apenas com um desejo e a formalizá-lo desta maneira! Eu não me imagino, bem entendido! No entanto, assiste-se de certeza absoluta a um fenómeno novo: a democratização em massa da produção e realização de cinema! Ou pelo menos o seu potencial...

Bem, clique aqui e divirta-se, pois pelo menos merece um grande sorriso este esforço estupendo e simples: http://www-fi3.starwreck.com/index.php

segunda-feira, outubro 03, 2005

Pelos caminhos de Portugal: Sª da Hora



Nm dia de eclipse solar estas foram as unicas estrelas que tive ordem de ver.


quinta-feira, setembro 22, 2005

Galáquicas 2005


Benvindos senhores espectadores à campanha eleitoral portuguesa. Irão assistir a um entretenimento como nunca se viu, com a qualidade das aquisições recentemente feitas pelos clubes em disputa, recheados de características que farão deles os mais destemidos galinácios, como por exemplo a pressão alta de interrupção constante do ataque adversário, de modo a obscurecer qualquer argumento do inimigo; o dito "insulto cirúrgico", cuja eficácia prende-se em irritar o adversário até ele cometer um erro e aí golpear até ao osso ( atinge-se um "extra bonus" quando se consegue que o adversário não nos cumprimente no final e um "combo plus" quando se consegue que os media dêem cobertura ao pormenor técnico).

É verdade que esta nova geração de lutadores de penas não sejam tão estimulantes para o espectador, já havendo algumas comparações com o "catenaccio" italiano, onde a defesa tende a suprimir qualquer intenção de ataque, mas uma nova época está aí ao nosso alcance, por isso prepare as pipocas e reúna os seus amigos para novos momentos de excitação e humor em todos os concelhos portugueses.

Obviamente pedimos ao leitor que assista assiduamente aos debates para que no fim não se esqueça de se deslocar ao estabelecimento definido pela sua freguesia para votar no galinácio que mais lhe interessou, quer em termos técnicos, tácticos, ou mesmo de humor e/ou puro espectáculo fornecido.


Faça-o ao mesmo tempo que vota no White Chapel como o "tropa" a saír na próxima semana.

quarta-feira, agosto 31, 2005

estratégia

"Quando lhe atirarem uma pedra,faça dela um degrau e suba... Só depois, quando tiver uma visão plena de toda a área, pegue noutra pedra, aponte bem e acerte no crânio do filho da puta ke lhe atirou a primeira."

quarta-feira, julho 20, 2005

Mais uma musica

No outro dia estava um respeitosa senhora já com a sua idade a trautear esta música à minha frente na fila do correio....

Por vezes ouvimos um som na rádio, gostamos do ritmo de da batida, e não nos ouvimos a riqueza da letra. Sendo uma fartura altamente puritana, decidi contribuir para o debate... mas por favor ñ reparem no péssimo inglês do senhor, nitidamente os erros gramaticais são propositados... gostava concentrassem toda a vossa atenção a tiradas épicas como "Got the magic stick, I'm the love doctor", "(I) melt in your mouth girl, not in your hands" ou ainda, "The things we do /Are just between me and you " isso sim grandes dicas... e Este homem é um senhor... o pior é que tem estilo as carradas!!!!!!! assim que puder vou por em pratica esta abordagem lá para os lados do Tamariz…



Candy Shop

by 50 Cent ft. Olivia


I take you to the candy shop
I'll let you lick the lollypop
Go 'head girl, don't you stop
Keep going 'til you hit the spot

I'll take you to the candy shop
Boy one taste of what I got
I'll have you spending all you got
Keep going 'til you hit the spot

You can have it your way, how do you want it
You gon' back that thing up or should i push up on it
Temperature rising, okay lets go to the next level
Dance floor jam packed, hot as a teakettle
I'll break it down for you now, baby it's simple
If you be a nympho, I'll be a nympho
In the hotel or in the back of the rental
On the beach or in the park, it's whatever you into
Got the magic stick, I'm the love doctor
Have your friends teasin you 'bout how sprung I gotcha
Wanna show me how you work it baby, no problem
Get on top then get to bouncing round like a low rider
I'm a seasons vet when it come to this shit
After you broke up a sweat you can play with the stick
I'm tryin to explain baby the best way I can
I melt in your mouth girl, not in your hands

Girl what we do (what we do)
And where we do (and where we do)
The things we do (things we do)
Are just between me and you (oh yeah)

Give it to me baby, nice and slow
Climb on top, ride like you in the rodeo
You ain't never heard a sound like this before
Cause I ain't never put it down like this
Soon as I come through the door she get to pullin on my zipper
It's like it's a race who can get undressed quicker
Isn't it ironic how erotic it is to watch em in thongs
Had me thinking 'bout that ass after I'm gone
I touch the right spot at the right time
Lights on or lights off, she like it from behind
So seductive, you should see the way she wind
Her hips in slow-mo on the floor when we grind
As Long as she ain't stoppin, homie I aint stoppin
Drippin wet with sweat man its on and popping
All my champagne campaign, bottle after bottle its on
And we gon' sip til every bubble in the bottle is gone

e mai nada!!!!!

domingo, julho 17, 2005

Pelos Caminhos de Portugal - Viseu

Confesso que fiquei orgulhoso... é dos meus favoritos...

Perdoe-me padre, porque pequei!

Perdoe-me padre, porque pequei... passou tanto tempo desde a última vez que aqui postei que me sinto um estranho no meu próprio castelo. Estes meses de ausência mostraram-me uma quantidade de novos ângulos de ver o mundo. Tive a oportunidade de viajar, conhecer o país profundo e a riqueza de qm vive em festas sociais e iates, falar com gente boa e outras que não o são, ganhar novos amigos em situações estranhas, e afastar-me de velhos amigos sem razões aparentes. Cometi erros crassos de julgamento, e cai varias vezes no pecado da soberba, mas serviu-me de lição. Conheci a dor da morte de um ente querido, enquanto carreguei a responsabilidade da decisão e do poder, vi cidades lindíssimas, fiz mais de 15000km e ainda assim fiquei dias inteiros fechados entre paredes atulhado de papeis. Alimentei uma criança desprotegida, mas fiz chorar um homem. Estou de volta, diferente… bastam algumas horas para mudar a vida de um homem…. Sinto-me tão diferente, agora que leio os post antigos… relembro, mas não me revejo totalmente...mas simultaneamente não consigo partilhar nada do que aprendi… são pequenas coisas que fazem um homem avançar… pequenas infelicidades, contrariedades, e grandes asneiras…. Por vezes é preciso um espírito vencedor…. Só espero q ele não me falhe…

GNOMA

[Adolfo Luxúria Canibal / Miguel Pedro]


Dá-me mais quero mais
Desse vinho bem forte
Acre sol estival
De uma vida em desnorte
Já perdi o que tinha
A família a consorte
Para ser mero pó
Falta só vir a morte a morte


Tem calma irmão
Que a morte está aí para todos nós
E à parte as mães
Ninguém pode afirmar de viva voz
Que deixa cá algo
Quando a vida nos solta enfim os nós


Serve então mais um copo
Uma noite a beber
Não fará mal pior
E dará p’ra esquecer
O vazio que me ataca
Esta dor de viver
A feroz solidão
Que me faz q’rer morrer morrer


Tem calma irmão
Que a morte não precisa do teu sim
É coisa certa
Mais vale fazer da vida um festim
Canta antes dança
Que a vida não te surja mais ruim

Cantar eu?

Dançar dizes tu...

Serve então mais um copo para ajudar


Tem calma irmão
Que a morte não precisa ser assim
Canta e vais ver
Que a vida não te larga mais por fim....

segunda-feira, junho 06, 2005

quinta-feira, junho 02, 2005

França + Holanda

Isto para mim é mau sinal. Sinal de descrença, e essa é das piores maleitas que existem, quanto a mim. Num discurso à Yoda é fácil adivinhar o futuro: do medo, nasce o sofrimento, do sofrimento nasce a raiva, da raiva nasce o ódio, do ódio nasce o lado negro do mundo.

Antecipo uma grande guerra nos próximos quinze anos. Vou tentar arranjar uma hérnia que me impossibilite de lutar até lá, pois de guerras eu estou já farto de ouvir, quanto mais viver uma.

Esperança pessoal!! Ainda não entrou nessas cabecinhas ocas que todos os males nascem da desesperança??!?

segunda-feira, maio 30, 2005

Alívio!

Ninguém pára o Vitóoooria
Ninguém pára o Vitóoooria
Ninguém pára o Vitóoooria
Ninguém pára o Vitóoooria
Ninguém pára o Vitóoooria!!!!


(que alívio para os meus ouvidos e paciência este resultado foi! Benditos Sadinos!)

segunda-feira, maio 23, 2005

Optimista desanimado

Numa altura em que o pais atravessa uma crise como não acontecia a muito tempo, num ano em que a economia mundial está a expandir-se com a notável excepção da Europa e dos UE, numa altura em que foi anunciado um défice do orçamento que mais do que duplica o aceitável pelos valores tabelados da união europeia, e em que a economia chinesa esmaga a ténue industria portuguesa com produtos de grande qualidade a baixo preço, estará na altura de fazer-mos uma reflexão sóbria e credível como é nosso apanágio sobre o doloroso momento que atravessamos…. A verdade pode ser chocante e difícil de acreditar.. mas anda lá por ai fora nas ruas e travessas de todas as tascas refundidas com cheiro a peixe frito…por mais chocante q seja, a verdade a realidade é que o Benfica foi mesmo campeão… Vivemos mesmo um momento de vergonha nacional… já ultrapassamos a fase da tanga.. neste momento batemos no fundo e já estamos a escavar… recuso-me a acreditar que um clube liderado por um velho traposo, um cilindro humano, uma menina com a mania que joga a bola e um preto apresentado como um herói salvador da pátria que dura no max 15min tomou de assalto as televisões juntamente com o sensacionalismo dos números de défices de finanças que a esmagadora maioria da nação não percebe, mas sente na pele… o IVA vai aumentar bem como o imposto sobre produtos petrolíferos e tudo o mais que conseguirem… a única coisa q vai mesmo baixar é o q podemos comprar com o nosso salário… mas isso não importa… o Benfica é campeão…. E é nesse mundo de ilusão que vamos vivendo…

terça-feira, maio 17, 2005

a vontade tá lá...

ando cheio de vontade de voltar a escrever qq coisa aqui no blog....

mas ou não tenho tempo, ou não tenho vontade, ou não tenho inspiração....... isto anda por aqui ao abandono.... meio abandalhado..... carregado por uma barba rija q tb tem q fazer....

terça-feira, maio 10, 2005

Estética Musical

.... ah quantas coisas já vi até hoje, quantos lugares visitei. Vejo alto, a paisagem deslumbra-se diante de mim, as pedras, os rios, as florestas, o céu e as nuvens. Quão pequenos são os outros que se perfilam sob os meus pés. Vejo-os a apontarem-me o dedo com um riso tonto e ingénuo na cara, escarnecem da vista que eu tenho e preferem grunhir e rir-se de mim: "ah tão pequenino que és, pareces um cabrito, Zé!!"- comentário compreensível, nem todos tiveram aulas de perspectiva... Olho para cima e vejo outros. Estes dão-me a mão, e eu subo, agora em companhia.

sábado, maio 07, 2005

Faith

Faith is not being sure. It is not being sure, but betting with your last cent... Faith is not a series of gilt-edged propositions that you sit down to figure out, and if you follow all the logic and accept all the conclusions, then you have it. It is crumpling and throwing away everything, proposition by proposition, until nothing is left, and then writing a new proposition, your very own, to throw in the teeth of despair... Faith is not making religious-sounding noises in the daytime. It is asking your inmost self questions at night and then getting up and going to work... Faith is thinking thoughts and singing songs and making poems in the lap of death.
Mary Jean Irion, 1970

sexta-feira, maio 06, 2005

AZ e Outro Blog

Ouvi dizer que houve um conjunto de gajos verdes que sofreram um pouco antes de fazerem uma festinha.

... também ouvi dizer que os mesmos gajos andaram grogues durante 121 minutos, consequência de terem andado a ver as montras mais quentes da Holanda para entrarem logo a seguir, na noite anterior...


OUTRA COISA.
Encontrei um blog engraçado:
http://www.isolinobraga.tripod.com

segunda-feira, maio 02, 2005

My friend of misery

You just stood there screaming
fearing no one was listening to you
they say the empty can rattles the most
the sound of your voice must soothe you
hearing only what you want to hear
and knowing only what you've heard
you you're smothered in tragedy
you're out to save the world
misery
you insist that the weight of the world
should be on your shoulders
misery
there's much more to life than what you see
my friend of misery
you still stood there screaming
no one caring about these words you tell
my friend before your voice is gone
one man's fun is another's hell
these times are sent to try men's souls
but something's wrong with all you see
you you'll take it on all yourself
remember, misery loves company
misery
you insist that the weight of the world
should be on your shoulders
misery
there's much more to life than what you see
my friend of misery
you just stood there creaming
my friend of misery
Metallica

i'm a porn star

Hoje acordei uma “porn star”! hoje acordei um ícone masculino para todas as mulheres. um deus entre homens, superioridade sobre mediocridade. Poderoso e capaz de lançar uma revolução a partir dos meus lençóis… omnipotente sem limites… ignorante consciente e feliz com o acaso…Hoje acordei contente. Não sei porque acordei, muito menos pq o fiz de tal forma anormala. A noite não correu particularmente bem, não é dia de S. receber, é segunda-feira e a semana está pela frente, mas o dia prometeu mais do que cumpriu. Foi apenas pq sim.. pq nem tudo tem uma explicação razoável, pq a mecânica deste mundo não é pura lógica, e pq sim é uma resposta tão boa como porque não, e as vezes basta apenas um sorriso para tudo ficar muito mais alegre q florido… não estou, mas acordei apaixonado… infelizmente por ninguém em particular, mas por muita em geral…por mim... por uma vida rotineira que por vezes exaspera, pelas empadinhas da taberna da esquina… pelo fado e pela musica em geral, pelo meu país, pela minha terra em particular, pela mesquinhez e pela tacanhez de quem me cruzo.. por comunistas e imigrantes ilegais por putas e por chulos... Paixões momentâneas... é certo.. Fugazes tributos ao sol… coisas de qm ainda está meio ensonado…. Queria então fazer um elogio ao amor, e aqueles que sofrem da doença. Um tributo aos que partilham um segredo com um sorriso e trocam uma lágrima com cumplicidade… viva o eu a dois, a partilha intima da personalidade... afinal a única coisa que temos de verdadeiramente nosso… viva também o eu no singular e a partilha do nosso eu não apenas com um parceiro especial mas com quantos nos parecer adequado… poligamia?? Qm sabe… pq não? Pago uma cerveja a qm me provar de forma categórica que a monogamia não é fruto de uma cultura possessiva e do peso de tradições ancestrais… barreiras que tal como muitas outras, qm sabe, o tempo vai acabar por derrubar… não me sinto de ninguém mas sinto-me de todos... nem próximo nem distante… sinto-me parte do mundo... de homens, mulheres e regras demasiado complicadas para ambos perceberem... posso não ser de 1 pessoa especial… mas também me divirto assim… dono de múltiplas personalidades, verdades e sabores… vagueio ao sabor do vento... pertenço a todos... sou uma “porn star”…e sabem q mais? GOSTO!!

sábado, abril 30, 2005

Poema: dos bons

Desculpem-me esta enxurrada, mas tenho montes de porcaria na minha cabeça e isto tem de ir para algum lado, e o melhor caixote que encontro é este!!

William Buttler Yeats (1865–1939)

He Wishes For the Cloths of Heaven

Had I the heavens’ embroidered cloths,
Enwrought with golden and silver light,
The blue and the dim and the dark cloths
Of night and light and the half light,
I would spread the cloths under your feet:
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under your feet;
Tread softly because you tread on my dreams.

Not Searching for the Real Thing

Remove the site of perfect days
The lust of loss
The Warmth of pain!

We hang by the golden streets
By the jungle celebrains (??)
Spare me lobotomies of LOVE!

Just spread your wings across the tainted seas
Get high on celebrations:

(chorus!) NOT SEARCHING FOR THE REAL THING,
we are NOT SEARCHING FOR THE REAL THING!

Financial times,
our schizo friends
Are here to sell
The promised laaand!

Struck by the rollercoaster
That hangs with the speed of light
The man with the money booster
Gets his pleasure out of sharped knifes!

Just spread your wings across the tainted seas
Get high on celebrations:

(chorus!) NOT SEARCHING FOR THE REAL THING,
we are NOT SEARCHING FOR THE REAL THING!

(chorus!) NOT SEARCHING FOR THE REAL THING,
we are NOT SEARCHING FOR THE REAL THING!
Belle Chase Hotel

sexta-feira, abril 29, 2005

Muita preocupação pouca vida

Ainda hoje li num autocarro da Carris uma pequena frase escrita num letring amarelo agressivo, impossível não ler, quase dá vontade de processá-los por assédio. Ela dizia: "Durante o tempo em que ler esta frase, 2 pessoas morrem de doenças profissionais". Depois de me lembrar da piada fácil "mas há doenças amadoras? E juvenis não?", fiquei lixado e pensei "E depois?!?" ou na versão inglesa: "Who cares?". Com tanta preocupação na minha cabeça ainda me vêm bombardear com esta treta de psicologia da culpabilização por não fazermos nada por um problema que passámos a saber que existe...

Fiquei a pensar no assunto, pois uma sensação de culpa cresceu mas ao mesmo tempo uma revolta, uma indignação. Obviamente que, se eu for a ver todos os problemas que me bombardeiam pelos média 24 horas por dia eu tenho duas hipóteses, qual a pior: ou endoideço por não conseguir ir a todas (ou a nenhuma...) ou alieno-me da situação e torno-me num drone.

E cheguei a uma conclusão: A culpa é da globalização!! Há um século o pessoal tinha de se preocupar era com os problemas da sua própria terra, e dentro da comunidade resolvia-os (a mal ou a bem!!), hoje já não há comunidades "locais" por isso não há controlo social ou assistência social no lugar. Impossível a um centro social pedir ajuda aos seus vizinhos: ora trabalham em Lisboa ora no Porto e estão sempre longe de casa, que é em Viseu...

Então a quem? Ao país inteiro. Imaginem uma catrefada de gente e de associações sociais a pedir o mesmo ao país inteiro. Imaginem que existe UMA por concelho capaz de fazer um anúncio que nos chegue a nós (exagerando um pouco, mas não muito!), agora imaginem um MUNDO a fazer isto a todos os países. (a palavra singularidade matemática diz-vos alguma coisa?!?) É de doidos. E pior: os anúncios estão cada vez mais agressivos, culpabilizando todos. O resultado não é mais ajuda: é a menor auto-estima de Portugal!!

Concelho: E se criássemos uma rede LOCAL para contrariar o GLOBAL? Assim cada um preocupava-se a SÉRIO com os seus problemas locais, e só quando a coisa fosse mais séria se pediria ajuda extra-local. Só uma ideia!

quinta-feira, abril 28, 2005

Desculpem lá...

... mas eu tenho de dizer isto!

O coração do Homem deseja o infinito, NADA MENOS!!

quarta-feira, abril 27, 2005

Futsal domingueiro

Avisos.

Avisam-se todos os jogadores de futsal na categoria abaixo de amador que deveriam ter mais tento na língua e dar menos conselhos, parece que há gente que já começa a fartar-se...

mai nada!

domingo, abril 24, 2005

sábado, abril 23, 2005

Morpheus

Deus do sono. Subscrevo o que ele responde a Lock, e para bom entendedor meia palavra basta:

"Lock: Goddamnit, Morpheus! Not everyone believes what you believe!
Morpheus: My beliefs do not require them to."


Quanto a dizer que o século XX foi o século do "iluminismo" deveria ser a prova suficiente da importância que tem a história para a nossa cultura, nem que seja para evitar que digamos disparates tontos...

O Séc. XX foi o século da emancipação do orgulho do Homem, resultando em duas grandes guerras como nunca tínhamos imaginado, foi o século da descrença na ciência como substituta da religião, foi o século do desenfrear de todas as libertinagens escondidas por detrás de uma vontade de quebrar com o falso moralismo presente.

O final do século XX iniciou o fim da modernidade, ao acabar primeiro com a sua primeira grande promessa (o comunismo), ao evidenciar a falência da ciência experimentalista como criadora de valores (no descalabro cultural que se tornou a Holanda, símbolo do modernismo ainda hoje para os mais distraídos), ao desmantelar-se num relativismo que consumiu todas as verdades ou evidências conseguidas com o próprio modernismo numa espécie de fluído onde todos nos inserimos e não nos podemos libertar.

Hoje vivemos numa nova era. A era do agnosticismo e da descrença seja no que for, no relativismo que consome qualquer relação, jamais alguma relação será profunda pois considera-se antes de mais nada a "minha vida" em detrimento da "nossa vida", pois esta última é uma "ilusão".

"Its my life,
its now or never.
I aint gonna live forever
etc."


Nenhum estudo mais será considerado. Nenhuma ciência humana será acreditada. A cada um a sua opinião, e até como diria o outro "odeio quem tenha opiniões". Talvez seja essa a resposta!! Não nos preocupemos com opiniões, já que elas são tão verdadeiras como o papel sobre o qual escrevo, que é virtual (basta um clik errado e foisse!).

Encontramo-nos sozinhos, alone in the dark, a cada um a sua perspectiva relativística à la Einstein. Resta-nos porventura a masturbação e dizer desesperadamente: "my precious".

Benfica e a Final da Taça

Os senhores do apito devem andar todos cheios de dor de costas… andar com “6 milhões” ao colinho não deve ser nada fácil.

REVOLUÇÃO, EVOLUÇÃO..... MODERNIDADE!!

Viva a juventude Hitleriana... viva os nazis! Longa vida para a Opus day e para a santíssima trindade...

Abaixo com as mulheres e a igualdade… viva a instituição de burkas e a segregação sexual e racial…. rua com os infiéis, com os crentes de outras religiões e com esses ratos impossíveis de controlar q são os livres pensadores... viva a opressão e a ignorância... abaixo com a liberdade vamos voltar atrás no tempo até a altura em que o q a igreja dizia era sagrado e como tal lei... abaixo com o culto dos homens... "eu sou a resposta as vossas orações" foi assim que esse senhor se apresentou ao mundo... pois bem... não foste a resposta as minhas porque eu ñ as fiz... este papa para mim é o nome de um guarda redes com o numero do Jardel… é toda a importância que decidi lhe atribuir…. (já o disse.. uma pessoa só tem a importância que as outras pessoas lhe atribuíram… e o futebol tb é um religião….)

vamos regredir 50anos na evolução das mentalidades com este senhor... OU ENTÃO NÃO... mas toda a gente vai deixar de ligar ao q o senhor de branco diz....

Agora que estamos perto de 25 de Abril e á beira de fazer 1 ano de EVOLUÇÃO, vamos celebrar 31 ANOS DE REVOLUÇÃO.... o giro era esse senhor perceber ql foi a grande conquista do século passado... ñ, ñ foi a tecnologia... esse foi só um mero instrumento... o sec passado foi o verdadeiro séc. do iluminismo e do humanismo... de repente foi o homem q passou a ser a coisa mais importante... ñ vamos desperdiçar lutas antigas nem liberdades alcançadas em nome de uma velha gloria q pertence ao passado...

REVOLUÇÃO, EVOLUÇÃO..... MODERNIDADE!!!! Qq coisa… desde que haja progresso e caminho para andar!!! Para atrás andam os historiadores!!!

sexta-feira, abril 22, 2005

Mai nada!

«Estamos a mover-nos em direcção a uma ditadura do relativismo na qual nada é dado como certo e em que se dá primazia ao ego e aos desejos pessoais de cada um.

Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é com frequência taxada como fundamentalista. No entanto, o relativismo, é decidir e desejar chegar aqui ou alí por qualquer vento de doutrina, parece ser a única atitude à altura dos tempos modernos»

Cardeal Ratzinger, hoje papa Bento XVI.

Subscrevo!

quinta-feira, abril 21, 2005

Um pouco de humanidade

"Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser assim?...

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar"

António Variações.

Realmente, este projecto dos Humanos fascina-me cada vez mais, com músicas desconhecidas para mim mas que me são tão familiares que penso que as tenho ouvido desde sempre. Descobri no entanto, que se tratam de originais nunca produzidos pelo próprio António, e há apenas dez anos descobriu-se todo o material numa cave. Aquilo que seriam sem dúvida êxitos logo à partida tiveram de esperar por vinte anos desde a sua morte para nos chegarem aos ouvidos através da reinterpretação de muito bons músicos portugueses.

Fascina-me sobretudo pela sua simplicidade sem raiar nunca o populismo pimba, estamos pelo contrário nos antípodas. Sente-se uma grande voz realmente portuguesa, como que vinda do mesmo lugar que as outras músicas mais populares e tradicionais (embora mais actualizadas...). Sinto-me instantaneamente diferente, alegre, simples e crente na vida. Crente na "Portugalidade"!

E tem ritmo porra!

quinta-feira, abril 14, 2005

100 anos de relatividade restrita

Faz cem anos! Já se tinham lembrado disso? Para celebrar a ocasião do annus mirabillis de Einstein, cito as suas palavras sobre a sua própria experiência humana:

"Se bem que seja um típico solitário na vida quotidiana, a minha consciência de pertencer à comunidade invisível daqueles que lutam pela verdade, a beleza e a justiça, impediu-me de me sentir isolado. A experiência mais bela e profunda que um homem possa ter é o sentido do mistério; é o princípio subjacente à religiosidade, assim como a todas as tentativas sérias na arte e na ciência. Quem nunca fez esta experiência parece-me que esteja, se não morto, então pelo menos, cego. É sentir que por trás de qualquer coisa que se possa experimentar está algo que a nossa mente não pode colher por completo, e cuja beleza e sublimidade nos alcança só indirectamente, como um débil reflexo. Esta é a religiosidade, neste sentido sou religioso. A mim basta-me o espanto destes segredos e tentar humildemente alcançar com a minha mente uma simples imagem da sublime estrutura de tudo aquilo que está ali presente."

quarta-feira, abril 13, 2005

É mesmo assim

O benfica proclamado campeão há dez dias já é vítima do sistema que assolava o Dias da Cunha antes do seu jogo com o Beira-mar, parece que lhe trocou as voltas e agora "abraçou" outros. Estranham-se certos cumprimentos entre árbritos e agentes desportivos clubistas, outros dizem que os adversários foram "aliciados", tudo à espreita do erro adversário. Liga engraçada. Enquanto o Benfica se preocupa em estar à altura da sua posição na tabela, sem grande sucesso diga-se, o Sporting na taça UEFA e nos seus inexistentes problemas de balneários (Sá Pinto nega tudo e quem o leia ou oiça até parece que está ali um santo do futebol), o Porto na ingerência total do seu balneário e treinadores, provavelmente mais preocupados com o futuro da direcção do clube do que com os jogos em si (ou cansadíssimos tal é o peso do emblema de campeões mundiais que levam no seu braço), vemos talvez um Sporting de Braga a surgir sorrateiramente a dizer "não é nosso objectivo mas nada é impossível..."

Que liga esta! E o que dizer do Chelsea? Apesar de todos os esforços da UEFA em destruir a marca Mourinho que se estava a tornar demasiado grande, eis que a equipa vai para Munique levar um banho de bola e ainda quase que sai a ganhar o encontro, numa ironia espectacular, uma anedota (in)completa que o golo de Drogba quase presenteou o confronto com. Valeu ao Munique (e ao futebol em geral) a sua preserverança e crença, para no final estabelecer o resultado justo. Seja como for, M vai ganhar tudo de novo (como é de crer) e nada me dará mais gozo do que ver as caras de parvos dos idiotas que escarneceram dele no caso Rijkaard e lhe chamaram mentiroso (já teriam lido o relatório de Frisk?) a colocarem palitos nas suas bocas para anguentarem os seus sorrisos branqueados enquanto entregam o prémio de melhor treinador do mundo ao que é hoje em título.

domingo, abril 10, 2005

segunda-feira, abril 04, 2005

Roll up!

"Drying up in conversation,
you'll be the one who cannot talk
All your insides fall to pieces,
you just sit there wishing you could still make love
They're the ones who'll hate you
when you think you've got the world all sussed out
They're the ones who'll spit on you,
you'll be the one screaming out"

Radiohead - High and Dry

"When I am king, you will be first against the wall
With your opinion which is of no consequence at all"

Radiohead - Android Paranoid

Civilização desesperada do eterno presente que nega qualquer presença do Eterno. Prefere a dinâmica do movimento e do líquido orgástico, anunciando todos os momentos contados milimetricamente, prometendo a cada segundo a (possível) salvação do presente com um alarme jornalístico.

Hoje para sempre, matemos o amanhã. Temos as armas para isso, tomemos a pílula do dia seguinte, abortemos, não desesperemos que a solução é esvaziar o "Recycle Bin". Passemos antes o dia a trabalhar freneticamente, sempre no presente, sempre no cumprimento do propósito do hoje de amanhã: o comprar um ferrari, o arranjar uma gaja nunca vista na Maxim (são todas diferentes e nunca vistas, sempre actuais, nunca passadas - pneumáticas neguem lá!). Fodamo-la até mais não que o futuro é estéril e antes que a morte chegue (que admitamos, trabalhamos infindavelmente para matar a morte ou pelo menos adiá-la) ao menos divertimo-nos um bocado (divertir quer dizer desviar, que é fixe).

Let meeeeeeeee entertain you!
Let meeeeeeeee entertain you!

Cum on Cum on Cum on, Cum on Cum on Cum on, Cum on Cum on Cum on, yeah!

(why the fuck not? Get here and blow me up!!)


Hoje para sempre, matemos o ontem. O que foi já lá vai, quero lá saber de tradições, o que digo hoje é tão ou mais verdadeiro do que já foi dito, matemos para resolver o estado obsoleto e arcaico em que nos encerram, enterremos os nossos avós e quanto mais cedo melhor que já chateiam de tanta ansiedade (ainda nos matam antes do seu enterro). Lutemos para sempre contra os nossos pais, destruiremos para sempre o seu mundo, with blood (I'm bad, I'm bad, I'm bad - really bad). (Blasfemos!) Quanto ódio me provocam com o seu esgar piedoso, cantemos (berremos, ululemos)!

WE WILL WE WILL ROCK YOU !

Presente eternamente, sempre mudando, mutanti mutantus. Prometemos o amanhã será outro presente, outra aventura, outra montanha russa!

Roll up, roll up for the mystery tour.
Roll up, roll up for the mystery tour.
Roll up and that’s an invitation, roll up for the mystery tour.
Roll up to make a reservation, roll up for the mystery tour.
The magical mystery tour is waiting to take you away,
Waiting to take you away, take you today.

The Beatles - The magical Mystery Tour

E a apatia do sono ganha terreno

“Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro”


E agora? Sou suposto conseguir” igualar a capacidade profética” da poesia dos mind da gap? Sou suposto escrever na forma de verso um sentimento que não tem conteúdo? Sou suposto alguma coisa?? Será que alguém verdadeiramente espera algo novo de outra pessoa? Ainda existe esperança na versão moderna da cinderela? E mais importante q tudo.. será isso de alguma importância?

Tudo já foi sentido, escrito, vivido... se não por mim por outra pessoa com igual importância… afinal as pessoas só tem a importância que as outras lhe derem…”hoje estou vencido como se não existisse um ontem e o futuro fosse uma realidade demasiado distorcida pela distância” hoje estou vencido por uma apatia que me empurra para um sono que (espero!) será sem sonhos… não sinto nem vontade nem desejo... apenas indiferença… cansado de lutar contra moinhos de vento e com pouca vontade de enfrentar um mundo com tantos truques que me obriga a ser injusto… - sou demasiado sério... odeio injustiças - construí uma personagem que me envolve, um ser superior e indiferente.. um ser que é injusto sempre que pode.. Maldoso sexista porco e sempre q possível desconfiado… que toda a gente parece adorar mas que desprezo profundamente não por não ser eu… mas por ser o oposto do eu q sou e reflectir o eu que querem q seja… por ser o resultado cabal da fraqueza de espírito… odeio pq é forte e eu fraco.. odeio pq sou eu e ao mesmo tempo não o sou..… e tal como o actor que no meio da peça esqueceu o seu papel a pele interligou-se e esqueci como tirar a mascara… estou condenado a viver comigo próprio sobre esta mascara opaca que me transtorna a realidade e a transforma num reality show demasiado pimba e burlesco…


Chego a casa a assimilo sem pensar, saio e concordo com absurdos q insultam a inteligência que ainda me resta… vivemos no tempo do instante presente… nada mais importa se não o instante.. a vida é uma longa pedrada.. sim o sentimento será qq coisa semelhante a isso… o estarmos presente, mas vermos a situação de outro ângulo, como se estivéssemos dentro de outra cabeça, de outro corpo de outro universo… uma espécie de apatia que desafia a realidade instalada e como tal a apatia instalada… é isso… falta-me o álcool a correr nas veias… a adrenalina já ñ chega… tragam os palhaços os acrobatas e os mágicos… a revolução vai ser novamente adiada por falta de revolucionários sóbrios.

domingo, abril 03, 2005

Mind da Gap - No Ódio E No Amor:

Passei-me de vez, a solo, não quero ninguém.
Assumo o que penso, digo e o que faço também.
Já me segurei vezes de mais, quase rebento por dentro,
Expludo, inundo o mundo com o meu sentimento, sou cinzento,
Obscuro, já visitei o lado escuro
E no passado já quis limitar o meu próprio futuro.
O Presente é negro, cercam-me de todo o lado
Hipócrisia, mentira, falsidade, deixam-me abalado.
Dou-vos um bom combate, não retribúo o vosso abraço.
O ataque é a melhor defesa e causa embaraço
Uma palavra vale mais que mil imagens, coragem,
Caguei, por isso vejam como agem ou reagem
Antes a morte à desonra, pena máxima a vergonha
Sonha quem achar que vou perder a minha honra
Desafio a própria vida pelo stress que me ofereçe
Fala o que nunca obedece, porque o que é bom nunca aparece!
Desabafo e sei que vou escandalizar muita gente
Paciência, tenho que me libertar antes que rebente.
Começo agora e falo, pra quê enfiar o barrete?
Se te sentires atingido então a música promete
Escreves torto por linhas certas, pensas ser o maior.
Só se for o maior palhaço, ou o ignorante-mor!
Cruzaste-te no meu caminho, resolveste chamar a atenção
Tudo o que conseguiste foi oferecer-me um ódio de estimação
Safas-te pela distância, levas uma dedicatória
Uma carta e uma música que entraram para a história.
Tu, também ainda não sei como escapaste
Bazaste, conseguiste, quase todos enganaste
Cobarde, não voltes, esconde-te! Aponta, dispara!
Sai, vai prá cova, cai, antes de ires repara
Na cara que te olha, EU, riu-me de contente, sente!
Não és homem, és nada, és um excremento de gente.
Como aqueles que me invejam e desejam tudo mal.
Eu sou o Mal! Nunca fui um gajo 100% normal
Não tenho nada a perder enquanto não tiver ganho.
Quando me conhecem percebem que sou um tipo estranho
Há pessoas pelas quais morreria, gajos pelos quais mataria
Outros pelos quais na boa cagaria e continuaria
A vida e assim, assim é esta merda de vida
No ódio ou no amor, a verdade é que me guia
x2

Não chorem quando partir pois lutei com o destino
Queimem a bandeira e façam tocar o meu hino
Tenho flashes de memória que visualizo na pupila
Amigos que eu não quis que esperassem na fila
Familia e conhecidos, ou ilustres desconhecidos
Largaram noutra viagem nunca mais perdidos
Pago o preço de viver com a sentença dum crime
Às vezes vendia a alma ao Diabo para que tudo fosse sublime
Agradeço à minha mãe, pai, por ter acreditado
Que ia ter força pra lutar e me ter mesmo contrariado
Para morrer à nascença estava marcado, caguei
Avisado por uma velhota o destino guardou-me para rei
Meu pai, meu idolo tentei, teu modelo imitei
Pra chegar onde cheguei, acredita que lutei
Li o que muitos ainda não leram, escrevi o que não entenderam.
Descobri o que não me explicaram, as vozes esconderam.
Falo de quem odeio, detesto, ignoro, é normal
Falo de quem admiro, amo e tento proteger do mal
(...)
Sou o pior pesadelo, de gente com dor de cotovelo.
Não sou modesto nem falsamente irei sê-lo!
Conhecido por ser arrogante, não arrogante por ser conhecido!
Tido por antipático, por não ser um falso vendido.
A música é a minha terapia, desculpem lá o tom, agressivo
E muito obrigado pela vossa atenção
(...)
Lealdade, sinceridade, na união ou na saudade
Juntos ou separados, sempre ligados pela verdade

Há pessoas pelas quais morreria, gajos pelos quais mataria
Outros plos quais na boa cagaria e continuaria
A vida e assim, assim é esta merda de vida
No ódio ou no amor, a verdade é que me guia
x2

A verdade é que me guia...A merda é real...
Esta é a minha realidade...Esta é a minha verdade...
Nada é ficção onde eu me encontro...A verdade...
Esta é a minha verdade...

Os falsos escondem-se atrás da mentira...
Os Verdadeiros perpetuam o seu próprio destino,
Através da verdade...

sábado, abril 02, 2005

crepúsculo

The Hollow Men

I

We are the hollow men
We are the stuffed men
Leaning together
Headpiece filled with straw. Alas!
Our dried voices, when
We whisper together
Are quiet and meaningless
As wind in dry grass
Or rats' feet over broken glass
In our dry cellar

Shape without form, shade without colour,
Paralysed force, gesture without motion;

Those who have crossed
With direct eyes, to death's other Kingdom
Remember us -- if at all -- not as lost
Violent souls, but only
As the hollow men
The stuffed men.

II

Eyes I dare not meet in dreams
In death's dream kingdom
These do not appear:
There, the eyes are
Sunlight on a broken column
There, is a tree swinging
And voices are
In the wind's singing
More distant and more solemn
Than a fading star.

Let me be no nearer
In death's dream kingdom
Let me also wear
Such deliberate disguises
Rat's coat, crowskin, crossed staves
In a field
Behaving as the wind behaves
No nearer --

Not that final meeting
In the twilight kingdom

III

This is the dead land
This is cactus land
Here the stone images
Are raised, here they receive
The supplication of a dead man's hand
Under the twinkle of a fading star.

Is it like this
In death's other kingdom
Waking alone
At the hour when we are
Trembling with tenderness
Lips that would kiss
Form prayers to broken stone.

IV

The eyes are not here
There are no eyes here
In this valley of dying stars
In this hollow valley
This broken jaw of our lost kingdoms

In this last of meeting places
We grope together
And avoid speech
Gathered on this beach of the tumid river

Sightless, unless
The eyes reappear
As the perpetual star
Multifoliate rose
Of death's twilight kingdom
The hope only
Of empty men.

V


Here we go round the prickly pear
Prickly pear prickly pear
Here we go round the prickly pear
At five o'clock in the morning.


Between the idea
And the reality
Between the motion
And the act
Falls the Shadow


For Thine is the Kingdom


Between the conception
And the creation
Between the emotion
And the response
Falls the Shadow


Life is very long


Between the desire
And the spasm
Between the potency
And the existence
Between the essence
And the descent
Falls the Shadow
For Thine is the Kingdom


For Thine is
Life is
For Thine is the


This is the way the world ends
This is the way the world ends
This is the way the world ends
Not with a bang but a whimper.


T.S. Elliot

PS: Para quem tiver dúvidas no inglês, www.dictionary.com

quinta-feira, março 31, 2005

Músicas?

Aqui vai uma.

Eu Gosto muito de ouvir
Cantar a quem aprendeu
Se houvera quem me ensinara
Quem aprendia era eu.

Ó rama, ó que linda rama
Ó rama da oliveira
O meu par é o mais lindo
Que anda aqui na roda inteira

Que anda aqui na roda inteira
Aqui e em qualquer lugar
Ó rama, ó que linda rama
Ó rama do Olival.

Não me inveja de quem tem
Carros, parelhas e montes
Só me inveja de quem bebe
A água em todas as fontes.

Eu sou trigo recolhido
Com vontade de ser pão
Só me importa ser moído
Na mó do teu coração

Eu gosto de ver bailar
Moça de saia rasteira
Bate o pé em terra fina
Nunca levanta poeira.

Amigos, ó meus amigos
Amigos tenho eu muitos
Amigos d'hoje a um ano
Se estaremos todos juntos.

sorte e azar

Certos dias simplesmente nascem tortos. Não sou crente em nenhuma fé em particular, mas acredito q certos dias as coisas estão predispostas para correr mal… é costume dizer que à certos dias em que mais vale não sair da cama. Hoje foi um desses dias, mas mesmo assim não acredito nesses sabedorias fáceis de assimilar. São dias como o de hoje que testam a verdadeira fibra de um homem. Hoje pareceu-me que tudo o que poderia remotamente correr mal, correu pior do que alguma vez imaginei. Será isso mesmo verdade, ou será que devido a uma ou outra coincidência acabo por declarar o dia amaldiçoado? Não faço ideia… hoje fui bafejado pela sorte... mas pela má sorte... o que vale e q está qse a chegar mais um dia em que a sorte ainda pode piorar…. Raios.. eu q nem acredito em sorte a azar…. Valha-nos santa Barbara!

Depois de um dia assim tenho vontade de recorrer as artes ocultas… como não domino a Santeria, lá vou ter q ver o q o horóscopo de hoje me reservava….

31 de Março de 2005
É possível que entre em confronto com outras pessoas por ter dito algo desapropriado. Não desanime. Aproveite para aprender algo sobre a sua pessoa.

Paulo Cardoso… Tu és o maior! E nunca mais é 1 de Abril….. cazzo!!!!

terça-feira, março 29, 2005

Bullet with butterfly wings


The world is a vampire,
sent to drain secret destroyers,
hold you up to the flames
And what do I get, for my pain
Betrayed desires, and a piece of the game
Even though I know-I suppose I'll show
All my cool and cold-like old job
Despite all my rage I am still just a rat in a cage
Then someone will say what is lost can never be saved
Despite all my rage I am still just a rat in a cage
Now I'm naked, nothing but an animal
But can you fake it, for just one more show
And what do you want, I want to change
And what have you got
When you feel the same
Even though I know-I suppose I'll show
All my cool and cold-like old job
Despite all my rage I am still just a rat in a cage
Then someone will say what is lost can never be saved
Despite all my rage I am still just a rat in a cage

Tell me I'm the only one
Tell me there's no other one
Jesus was an only son Tell me I'm the chosen one
Jesus was an only son for you
Despite all my rage I am still just a rat in a cage
And I still believe that I cannot be saved

Smashing Pumpkins

resposta a "Se tiveres alguém à tua frente e a amares ganhas o mundo. " by Pêlo aka Barba Rija

segunda-feira, março 28, 2005

Resposta a letra

Quem me dera que o mundo fosse como eu queria ,
mas a vida é madrasta, já há muito se dizia,
o mundo é meu, teu, encontremos a solução, luta sempre,
o destino está na tua mão.

x1

A realidade contundente, acorda-me do coma profundo,
recorda-me, sobre a minha missão neste mundo.
Mundo que me pertence, se fizer por o merecer,
se me esforçar e se de lutar não me esquecer.
Tenho que fazer por mim, o que ninguém pode fazer,
quer fazer, quis fazer ou vai querer...
Mesmo assim, sem conselhos, sem ajuda, vou vencendo,
passo a passo, neste mundo imenso imundo, vou vivendo.
Não me iludo facilmente e mantenho-me sóbrio,
não acredito em promessas fáceis, confio em mim próprio.

Cada vez mais vivemos num mundo frio e irreconhecível
com aquecimento global perguntas-te como é possível
eu explico a raça humana só estará satisfeita
se o indivíduo conquistar e derrotar outros
na sua colheita sempre foi e será,
a história comprova-te isso se não fores submisso
assumirás um compromisso contigo para não te forçarem a distorções são transparentes
como um aquário as tuas intenções sobrevivência,
quem sobrevive é o mais forte
pode não chegar mas muitos não têm essa sorte
corte na linha vital por jogadores de grande porte
não serei vencido, nem depois da morte.

Quem me dera que o mundo fosse como eu queria ,
mas a vida é madrasta, já há muito se dizia,
o mundo é meu, teu, encontremos a solução, luta sempre,
o destino está na tua mão.

x2

Não será o totoloto que me dará os milhões
o que me pode acontecer é perder alguns tostões
vou ter razões, para explodir de orgulho
vou varrer do caminho todo o lixo e entulho
pessoas que menosprezam outras subreptíciamente
mas vou valorizar como uma conta corrente
no presente e no futuro dá-me apoio quem me rodeia
a minha crew é organizada como uma colmeia
não me deixo subjugar se tenho cartas para dar
elementos como este são tão vitais como o ar
ultrapassar dificuldades, possibilidades infindáveis,
agradáveis, incríveis tranforman-se em saudáveis.
Tomei decisões e construi caminhos para chegar,
ao meu objectivo, a minha realização vou alcançar,
mais tarde ou mais cedo, hei-de conseguir mostrar,
esfregar na cara de alguns, o meu valor, exigir o lugar,
que nunca ninguém apoiou, ou ajudou a escolher,
não admito que agora digam o que devo ou não fazer.
Sou ambicioso, o suficiente é pouco para mim,
quero dar ao mundo o meu nome, luto até ao fim.
Nozes para quem não tem dentes, cedo aprendi o ditado,
os dentes já os tenho, as nozes tenho procurado.

Quem me dera que o mundo fosse como eu queria,
mas a vida é madrasta, já há muito se dizia,
o mundo é meu, teu, encontremos a solução,
luta sempre,o destino está na tua mão.
x6



MDG - O Mundo É Teu

Não há ninuém que chame pelo meu nome, Rei!

"
Telequinética, cibernética ou até mesmo genética,
não irão igualar a capacidade profética,
do olho na minha testa, que atesta o meu cérebro,
que me dá protecção com'a casca de ovo do Calimero.
Efémero, inperceptível, horrível para quem é insensível,
ao saber que sou invencível e além, acima do nível.

Possível é deplorável, quem achar contestável
como o azeite, um deleite, um novo mundo explorável.
Pás, picaretas ou até bisturis, não extraíriam este olho,
comando-o, porque eu o quis.
Auto-suficiente, o meu sistema, alimenta-se de energia,
que recolhe no quotidiano,
durante a noite e todo o dia.
Vejo com mais um olho que tu, paranormal, a pineal,
glândula fundamental, descoberta pela ciência,
é uma central de comunicações,
telecomunico mensagens neurológicas,
lógicas aritméticas, matemáticas sensações e visões.
Milhões de ordens a dar ao cerebelo, cérebro,
massa cinzenta,que contempla a realidade captada, que trespassa,
os sentidos,fico extasiado com a dimensão extra-sensorial,
o pensamento é a minha droga, julgo que não faz mal.

Meu DNA alterado, imbuído dum novo estado,
apresenta-se secretamente, prestes a ser revelado.
Uma glândula, presente em nós, de Moscovo a Grândola.
Mas é necessário aceitá-la como tal formando-a,
para cumprir os propósitos para ela destinados,
mentalmente organizados até ao ano 2000
equiparados com requisitos paranormais, a cada um atríbuidos,
por leis universais, de vários seres instituídos.

O terceiro olho, provoca-me tripantes,grandes alucinações,
a sua estrutura química apresenta-me novas sensações,
indescritíveis, sinto perturbações na percepção
e consciência, mas fico dotado de desinibação e
imbuído de inteligência.
Sobre o crânio, entre os hemisférios norte e sul,
a pineal dá-me sensibilidade, desenvolvi
a capacidade extra-sensorial, ao máximo,
a altas rotações, recebo um intenso fluxo,envia
mensagens ao cérebro sob o magnetismo d'um impulso.

O pensamento é a minha droga,
A droga é o meu pensamento.
[8x]

Olho de Hórus, elabora o futuro do Universo e vê além,
projecta-se na consciência cósmica e faz praticar o bem.
Sou Deus, n'acepção da dimensão
e poder da minha mente, a minha evolução interior,
ilustra-me a realidade de forma diferente.
Conheço mundos extraordinários,
que visito com regular frequência,
não me identifico com falsidade, alienam-me por demência.
Igual a "D" "E", mais mente,
"D" desenvolvimento, "E" espectacular,
demente é desenvolvimento espectacular da mente,
ou seja, inteligente.
Chamem-me louco, quem ri por último, ri sempre melhor,
a minha droga é o pensamento, a gargalhada será maior.

O pensamento é a minha droga,
A droga é o meu pensamento.
[bué vezes!]"

MDG - O Pensamento é a minha droga

sexta-feira, março 25, 2005

Título?!?

Dou uma cerveja a quem conseguir adivinhar o significado de "apocalipse"!

quinta-feira, março 24, 2005

Apocalipse

"
“Eu” em primeiro lugar. «Eu, eu, e mais ninguém», diz Nínive, a grande cidade, no discurso arrasador de Sofonias. «Eu, eu, e fora de mim não há ninguém», diz a grande Babilónia, no corrosivo discurso de Isaías. «Eu fiz-me a mim mesmo», diz o Faraó do Egipto, no discurso condenatório de Ezequiel. Fica aqui bem expressa a nossa fraqueza: cada um de nós fechado no círculo do “eu”, que é ao mesmo tempo o “quem” e o “para quem”, vivendo em circuito fechado, assente numa auto-suficiência, sem Deus e sem ninguém. De resto, já sabemos que a modernidade abre com o célebre cogito cartesiano, que costumamos formular «Eu penso, logo existo», expressão de radical individualismo, segundo a qual Descartes julga que se põe no mundo com o seu pensamento, esquecendo-se do seu nascimento e da acção da sua mãe . Pensamento homossexual, que apaga o feminino, o nascimento, a casa. Apaga a geração dos corpos, mortais, e dedica-se à geração imortal das almas, das ideias.

Concepção do conceito.

Trata-se de uma operação estratégica de grande importância: negligenciando a geração materna, a filosofia apodera-se, no entanto, do imaginário do gerar – estar grávido, as dores de parto, dar à luz –, fazendo desse vocabulário o seu próprio léxico. Atente-se no “conceito”, claramente derivado de “conceber” . Há, porém, uma diferença de monta: a concepção materna destina-se a “dar à luz”, abrir, libertar; a concepção do conceito (Begriff) destina-se a “prender” (greifen) e a “com-preender” (begreifen) com as mãos do pensamento. É a katálêpsis de Zenão, assim explicada por Cícero: a mão aberta é a representação; a mão semi-aberta é o assentimento; o punho cerrado é a compreensão, enquanto “tomada de posse” (katálêpsis). Compare-se com a explicação do Talmud, que refere que o punho cerrado é a sabedoria do imbecil, que pensa que detém o mundo nas malhas da sua rede; quando a mão inicia o movimento de se abrir é como as pétalas de uma flor que se abre à vida: é assim que floresce a inteligência; quando a mão se abre completamente é a mão do sábio, que não retém nada, mas conhece o valor do encontro e do dom; cruzando agora as duas mãos abertas, ficamos com a imagem do “pássaro, livre, que voa” . A experiência e a sabedoria do nascimento ensina-me que “eu” não sou, antes de mais, o proprietário da relação que projecto, mas o destinatário de uma relação assimétrica que não sou “eu” a pôr, mas em que sou posto . Sem a sabedoria do feminino, do nascimento e da casa, o homem é um expatriado angustiado à mercê da morte (Heidegger).

Ao cogito cartesiano vem depois juntar-se o não menos famoso conatus essendi, que significa “esforço para permanecer no ser”, com que Espinosa explica que é próprio do indivíduo – o homem como o cão, a pedra, a árvore – lutar pela sua auto-conservação ou permanência (ou perseverança) no ser. É a chamada lei do mais forte, civilizadamente conhecida por lei da evolução das espécies.

Neste mundo em que impera o “eu”, o outro está quase sempre a mais, e não lhe é permitido ocupar senão três posições: uma coisa a possuir ou a deitar fora, um meio a utilizar para eu atingir os meus fins ou um rival a eliminar .

É aqui que podemos ainda compreender os idosos que atiramos lá para longe como coisas já sem nenhum valor; as crianças que não queremos que nasçam, porque são um impecilho ao nosso conforto e bem-estar, alguém que vem desarranjar o nosso mundo, tempo, horários, e até os nossos móveis e imóveis; os empregados que pomos na rua porque já não são suficientemente rentáveis: não são mais meio para os nossos fins; enfim os países ou as pessoas a quem fazemos guerra, porque estorvam a nossa vontade de poder, a nossa ambição e expansão ilimitadas.

A doença deste tempo reside neste “eu” fechado em si mesmo, que navega a sua parcela de um tempo esfacelado, atomizado, feito em cacos, incomunicável, órfão e castrado, vazio, que nada recebe e nada entrega. De ninguém e a ninguém. Um tempo esboroado em múltiplos fragmentos, sempre condenados a não serem senão fragmentos, isto é, que não se podem juntar, reunir, comunicar. Um tempo para se gastar. Como uma coisa. Como qualquer outra mercadoria à venda no super-mercado. Um tempo barato. Para usar e deitar fora. Um tempo sem liberdade e responsabilidade; portanto, sem história, isto é, sem interpelação nem resposta. Um tempo morto, deitado, fechado, horizontal. Como um espaço. Um tempo preenchido com pessoas, como o espaço está preenchido com objectos. Um tempo em que se deslocam pessoas, como no espaço se podem deslocar objectos. Um tempo como um espaço em que as pessoas como os objectos apenas mudam de lugar. Um tempo em que nada acontece. Um tempo vazio como um espaço vazio. Sem pais e sem filhos. Sem amor. Sem registos. Sem recitação. Sem re-lato. Sem corpo. Sem livro. Sem livro, portanto sem costura, sem dorso, sem dobra ou vinco na página, página alisada, portanto sem mensagem, sem comunicação, em que nenhum mensageiro chega a nenhum destinatário, nenhum narrador a nenhum narratário. Tudo desligado, nenhuma relação entre os acontecimentos, nenhuma relação entre as pessoas .

Chegamos assim à solidão. Solidão é viver só no meio de objectos. Quando transformamos os outros em objectos, estamos sós .
"

Bonito né? Xi carapau, Rum bem forte. Dáaaí mais um bocadinho, Pirata, num guardes tudo pra ti!

Se tiveres alguém à tua frente e a amares ganhas o mundo.

Ódio. Amargo é o nosso impulso do estômago que vê o outro e o inveja, consome-nos, come-nos. Abracemos essa amargura, deixemo-nos comer por ela. Somos comidos e regorgitados indefinidamente, somos fodidos para sempre. Fodidos. F O D I D O S, sem representações. Sem piada. Somos fodidos não porque fomos escolhidos mas porque o escolhemos ser. I am gonna fuck you till somebody better comes along, qual é a diferença entre ser fodido e foder? Qual a diferença entre o vassalo e o tirano?

Poder.

Sabes qual é o verdadeiro poder? Eu sou mais forte que tu. És uma merda. I will eat you alive, there will be no more lies. És finito, mortal. Imbecil, doente de estupidez crónica que só dizes disparates como se fosses alguém mais inteligente, mais verdadeiro, mais em graça. Inspirado? Maluco e idiota, é o que eu te chamo. Iludido, não saberás tu que a única coisa que existe sou eu, o desespero? Não saberás tu que:


...Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
...


Não sabes tu isto? QUÊ?? IMBECIL! Dizes que sabes, mas não é verdade, eu sou mais forte que tu, EU SEI MAIS DISTO QUE TU!! Impossível saberes mais disto que eu, seria preciso dominares-me e isso não o fizeste. A estupidez é uma marca que paira sobre ti, símbolo que percorre todo o teu corpo, e não poderás nunca fazer mais do que eu.

Não digas uma palavra, não faças uma obra. Não te admires. Take that stupid laugh out of your face. Tira o sorriso dos teus olhos, não to permito. Faz o que eu te digo: Inveja os outros. Mina-lhes a sua confiança pois eles são todos estúpidos, não precisas de acreditar em mim, estúpido que és vais de certeza acreditar que eu sou mais estúpido que tu. No fim estaremos felizes sem fazer mais do que o nada que no fundo somos, pois nós somos muitos, o nosso nome é Legião e estamos cá para te meter na linha da imbecilidade.

E verás que vencemos o planeta. Dominamo-lo. É inevitável, ouve a entropia: "Its the sound of inevitability, Mr. Anderson." Não restarão mais que cinzas no planeta, aproveitemo-las, comamo-las, tira todas as que puderes de todos os fracos que as deixem ser tiradas. Mata-os, mesmo que não seja preciso para evitar a tentação do compadecimento.

Desde que te lembres da única regra: Não há regras! Nunca te deixes corromper pelas regras, pois elas são uma ilusão criada pelo Homem que já aprendeste que é o ser mais estúpido que existe à face da Terra, pelo menos até mim. Deves deixar-te guiar por ti próprio. Pelo teu DESEJO.

Who's in a bunker?
Who's in a bunker?
Women and children first
And the children first
And the children
I'll laugh until my head comes off
I'll swallow till I burst
Until I burst
Until I

Who's in a bunker?
Who's in a bunker?
I have seen too much
I haven't seen enough
You haven't seen it
I'll laugh until my head comes off
Women and children first
And children first
And children

Here I'm alllowed
Everything all over the time
Here I'm allowed
Everything all over the time

Ice age coming
Ice age coming
Let me hear both sides
Let me hear both sides
Let me hear both
Ice age coming
Ice age coming
Throw it on the fire
Throw it on the fire
Throw it on the

We're not scaremongering
This is really happening
Happening
We're not scaremongering
This is really happening
Happening
Mobiles skwrking
Mobiles chirping
Take the money run
Take the money run
Take the money

Here I'm allowed
Everything all over the time
Here I'm allowed
Everything all over the time


Chamam-me o FALSO PROFETA, estúpidos de uma figa.

Laranjas

Se tens 1 laranja e trocas com outra pessoa que tb tem 1 laranja ficas com uma laranja.

Se tens uma ideia e trocas com outra pessoa que tb tem uma ideia ficas com 2 ideias

Nietzche

quarta-feira, março 23, 2005

essa tal de sensatez lucida.....

"Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregório Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar.
Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos. Que me aconteceu? — pensou. Não era nenhum sonho. O quarto, um vulgar quarto humano, apenas stante acanhado, ali estava, como de costume, entre as quatro paredes que lhe eram familiares. Por cma da mesa, onde estava deitado, desembrulhada e em completa desordem, uma série de amostras de rupas: Samsa era caixeiro-viajante, estava pendurada a fotografia que recentemente recortara de uma revista ilustrada e colocara numa bonita moldura dourada


Gregório desviou então a vista para a janela e deu com o céu nublado — ouviam-se os pingos de chuva a baterem na calha da janela e isso o fez sentir-se bastante melancólico. Não seria melhor dormir um pouco e esquecer todo este delírio? — cogitou. Mas era impossível, estava habituado a dormir para o lado direito e, na presente situação, não podia virar-se. Por mais que se esforçasse por inclinar o corpo para a direita, tornava sempre a rebolar, ficando de costas. Tentou, pelo menos, cem vezes, fechando os olhos, para evitar ver as pernas a debaterem-se, e só desistiu quando começou a sentir no flanco uma ligeira dor entorpecida que nunca antes experimentara."

k

peço desculpa... só arranjei em versão "gregório"....nada de Gregor Samsa.. mas dá pra perceber o que quero ñ dá?

A vida é isto.

Ontem à noite estava bêbado de mais para escrever umas últimas linhas que ajudavam a embelezar o meu post por isso cá vai:

Vou escrever agora algo com mais sentido e com mais interesse para o mundo do que essa vossa pesudo-discussão absurda.
Atenção:

Hoje na casa de banho caguei-me e peidei-me todo!

Muito obrigado, era só isto!


P.S:

"And true love waits
In haunted attics
And true love lives
On lollipops and crisps

Just don't leave
Don't leave"

Radiohead - True Love Waits

pois é

O meu problema é deontológico: não faço puta de ideia do que é que é suposto ser a arquitectura. Ou melhor, não fazia, agora já começo a fazer. Mas para isso tive de me embebedar de filosofias supostamente baratas.

É que nem são assim tão baratas, eu é que falo pessimamente.

Por isso tenho pena que me odeies... ou talvez não!! :p



.... embora para quem goste de Radiohead também te digo: ou és ignorante e não fazes puta de ideia do que eles falam ou sabes muito bem mas nunca quiseste comentar, talvez porque seja o isolamento a sua essência. E no entanto, aquilo que eles dizem, as referências que usam... aquilo é terrífico.

(talvez eu goste demasiado de tentar perceber o que é que as pessoas querem dizer...)

Rum.

Porra...

Tanto paleio deu-me naúseas. De uma maneira geral detesto as pessoas que têm opiniões sobre tudo e mais alguma coisa. Aliás, para ser franco, detesto qualquer pessoa que tenha uma opinião, especialmente em discussões sem sentido e retóricas.

Vou emborcar mais uma garrafa de rum para ver se me lavo desta peganhice mental. Uff...

O destruidor de mitos

Batota? Peço desculpa. Não fiz sem querer.

Acho que tens de aclarar um pouco as tuas ideias. Quer dizer, sinto que tens uma ideia sobre a vitória eminente da desordem sobre a ordem (o que é bem possível), mas não és muito claro, e até te tornas incoerente.

Primeiro, a entropia é um conceito sobre o natural, o inamovível, o morto. Se eu juntar dois líquidos diferentes, a dinâmica resulta na "vitória" da entropia, até à homogeneização total (entropia absoluta). Até aqui tudo bem.

O problema é quando metes a arte neste assunto. Dizes que a arte decai (!), do que depreendo que a cultura também (!!). Se isto for verdade então concluo que já fomos uma civilização com uma cultura extraordinariamente superior à que temos hoje (tendendo para o infinito na direcção do Big Bang), e que a complexidade (que é o inverso conceptual da entropia) tem vindo a diminuir inexoravelmente.

O contrário faz parte da história. E isto graças à memória e ao encontro. Estes dois conceitos são os fundamentais! São eles que incentivam o desenvolvimento seja do que for. Sem saber de onde vimos, obviamente tendemos para a entropia. Desgastamo-nos e perdemos a nossa própria identidade, razão de existência. No fundo, perdemos a nossa memória e o encontro (com o outro)!

Obviamente que não sou o mesmo que o meu Pai, mas entropia não quer dizer apenas mutação, quer dizer sobretudo decaímento, desgaste, homogeneização, neutralização. E não me revejo nesse "decaímento", logo não me revejo na entropização. O que seria APRENDER, então? Como explicas o próprio conceito de aprendizagem dentro da tua teoria da entropia?!?

No ponto 2 dizes que as representações seriam, de acordo comigo, mentiras! Sim, porque tu não tens papas na língua, a tua orientação implacável. Esqueces-te (problemas de memória) que eu sempre gostei de citar Picasso pela sua irremediável verdade: "A arte é uma mentira". Todo o artifício é arte, logo tudo o que é Humano é mentira. Hummmmmmmmm. Será? Este é um tema complicado. Adianto-te que no entanto a mentira não teve sempre a designação de "não verdade", a palavra começou a querer dizer "efémero". Tudo o que era pouco duradouro era "mentira", ou seja de pouca confiança para tu depositares lá seja lá o que quiseres. Verdade queria dizer "duradouro". Não é por acaso que os hebreus aludiam às rochas para significarem a verdade. A verdade é como tu dizes uma coisa universal, e portanto duradoura. Imutável. Eterna. Não posso por conseguinte dizer que o que eu digo é definitivamente verdade. Não o que EU DIGO, pois o que eu digo é... uma expressão. Um quadro. Subjectivo. Conjuntural. EFÉMERO. E no entanto haverá lá dentro coisas que fazem parte do ETERNO. O qual acredito que exista!!!

Tu és livre de no entanto pensares que dizes ou pensas a "tua" verdade (como se tu existisses em ti próprio, dentro de ti, whithin you, então esqueceste-te de Nietzche? Ele desfazer-te-ia!!), ilusão completa pois nós somos terrivelmente condicionados pelo que nos rodeia e a única exclusividade nossa nem é o nosso próprio pensamento (bricolage constante de coisas que já lemos, que memorizámos e que ligámos) mas sim as decisões que tomamos.


Quanto à revolução ouso dizer que tu pensas revolução, dizes revolução mas o que estás mesmo à procura é de um desígnio. Desejo de uma vontade concreta de uma ideia perfeita. Aliás, só um perfeccionista gosta de revoluções (e aqui não te reconheço como). As revoluções mas também as PERTURBAÇÕES (que são diferentes) são interessantes porque marcam pessoas. Mudam toda a conjuntura do mundo, possibilitando duas coisas extraordinárias: encontros diferentes com pessoas que nunca na vida pensarias "encontrar-te"; e um confronto com a vida. É esse confronto com a vida que te fascina numa revolução e não tanto a revolução em si. Como seria a nossa vida se? "Vivemos em tempos extraordinários"...

E dizer que todas as lutas sociais foram "revolucionárias"... é uma figura de estilo. O personagem que talvez tenha tido mais impacto na América sobre os direitos civis foi Martin Luther King jr., que nunca revolucionou o mundo. SERVIU nele. Segundo as regras dele. Ele "revolucionou" por dentro. Mudou o sistema não como um reset mas funcionando COM ele para melhorá-lo.
GHANDI.
Outro exemplo é o do NEO no matrix. NEO "revoluciona" não tanto destruíndo o sistema que as máquinas criaram, mas fazendo a sua escolha DENTRO do sistema. Porque acreditava. "E é a fé que nos salva".

Em relação à nova revolução que tá praí para vir, pois tábem. Também acredito que sim. Há quem tema também uma nova idade média. Mas a história nunca se repete... veremos!!

terça-feira, março 22, 2005

safa q este tipo nunca + se cala!!!!

Passei o dia inteiro cheio de vontade de chegar a casa e com tempo e calma ter o prazer de refutar o teu post… mas a verdade é que morri algures pelo caminho e alguém se esqueceu de me avisar…

Por isso e dado o avançado estado de sonolência em que me encontro vou fazer algo que por principio estou em desacordo, vou pegar em bocados truncados com mestria do teu post que descontextualizados servem para provar o que quero dizer e vou refuta-los até se tornarem estranhos e sem sentido… uma espécie de retribuição do mesmo veneno. Nunca concordei com este modelo de argumentação pq apesar de ser muito mais simples para qm o faz é falacioso e injusto para qm é comentado… é assim como fazer batota para ganhar… mas hje quero lá saber… quero é dormir… o meu corpo grita alucinadamente por uma boa noite de sono! Mas vamos lá q se faz tarde….

Ponto 1

A beleza de uma lei física é que uma das suas características é a universalidade.. ou seja ela aplica-se a tudo e a todos qr seja aqui o na galáxia mais distante… e a verdade é q se aplica não só a coisas “naturais” como lhe chamas.. mas tb as “artificiais” a verdade é q também a arte decai, as ideias se alteram e o próprio conceito de deus tem sofrido alterações ao longo dos tempos… essas evoluções não serão entropia? Não serão a evolução/revolução (a seu tempo lá chegaremos a essa questão) não serão o abrir caminho para a desordem que vai criar uma nova ordem que por sua vez vai levar a uma nova ordem, num ciclo infernal e sem fim a vista? Se o homem é um ser ritualizado, esses rituais tb se alteram, tb evoluem num sentido ou em outro… os teus rituais são diferentes dos do teu pai, e os teus rituais com 30 anos são diferentes dos que tinhas quando tinhas 13 anos… tu evoluíste.. mudaste… transformaste-te… crias-te um novo ser que é a continuação do mesmo… a entropia é um conceito demolidor e imparável… nenhum sistema aberto permanece estático… essa é mais uma verdade termodinâmica!

Ponto 2

Sistemas de representação de uma realidade abstracta e impossível de alcançar……. Ou seja verdades incompletas… ou seja mentiras! Desculpa se sou mto pragmático neste ponto, sabes que toda a minha formação me orientou para acreditar naquilo que me entra pelos olhos a dentro… se eu tenho a minha disposição provas irrefutáveis (pelo menos até ao momento) de que o planeta onde habito é redondo então eu acredito piamente que ele é redondo… para utilizar as palavras caras que tanto gostas a tua teoria é niilismo puro… é a fuga a realidade… com preposições dessas não se pode avançar, pq qq suposição que se possa fazer nunca está absolutamente correcta…. É apenas uma aproximação errada logo a partida…. Eu proponho uma abordagem que pode parecer semelhante ao principio mas é totalmente oposta… tu partes do principio que a tua ideia está errada (ou q pelo menos não está completamente correcta) eu parto do principio que ela está totalmente correcta, mas estou disposto a rever a minha verdade caso exista algo q prove que estou errado… é aquela velha questão de presumir a inocência de uma pessoa antes de julgamento, ou se ele é culpado a nascença e tem q provar estar inocente… dai não acreditar numa coisa a que chamas de verdade, e tu acreditares que ela existe… partimos de plataformas opostas…. É impossível concordar!

Ponto 3

Este é sem duvida o ponto mais sumarento…

Mais uma vez não concordo contigo… tu ao dizeres que a evolução está na continuação estás correcto, tens razão… todos os dias evoluímos, avançamos um pouco mais caminhamos lentamente no sentido de sermos pessoas diferentes do que éramos no dia anterior ( a tal de entropia a funcionar mais uma vez…. Raio da tipa q é chata e não nos larga nem por um momento…) mas a verdadeira evolução, a verdadeira criação está na Revolução.. Está no corte radical com o passado! Com a continuação avançamos um bocadinho todos os dias... mas com revoluções andamos kilometros! No ponto 4 apresentas a revolução comuna e a sua influência cultural como sendo algo nefasto eu por outro lado acho que esse foi o acontecimento que mais marcou o século que agora terminou… estou completamente em desacordo contigo quando dizes que a revolução (cá está a revolução e não a vulgar evolução) tecnológica foi o ponto mais importante do século XX.. para mim o sec XX foi o definitivo triunfo do humanismo, no sentido de direito dos homens.. a luta pela igualdade de raças, crenças, religiões e sexos. A luta pelo direito ao trabalho, a família a melhores condições de vida. A luta pelo bem-estar social. Um pouco de história económica dizia-te que no inicio do sec. passado estávamos no apogeu do mecanicismo, a famosa era modernista (para ti q gostas de as classificar assim…) essa mesma historia diria que Henry Ford teria a ideia brilhante mas terrivelmente monotona e aborrecida de desagregar as tarefas de montagem de um carro em pequenas tarefas rápidas e faceis de cumprir.. e pronto linha de montagem acabava de ser inventada (alguma vez viste os filmes do Charlie Chaplin?) as teorias de Adam Smith com mais de um século de atraso ainda estavam em em plena pujança ( e ainda estão!! Afinal ele é o pai do capitalismo) e a vida humana valia muito pouco. Foi essa revolução comunista que deu vida ao ser humano não como animal mas como ser pensante. Falhou.. estava destinada a falhar…. Era um modelo teórico que pecava por contrariar a tal lei da entropia que diz que as pessoas são diferentes e estão em estágios diferentes de evolução.

Mas foi neste século que aparecerem 2 guerras mundiais, onde o mundo foi re-definido, re-inventado, de onde se partiu do principio outra vez… e a essas 2 guerras seguiram-se períodos de prosperidade como nunca antes vistas… a seguir a grande depressão norte americana apareceu um pico de prosperidade….. a evolução pode ser mto bonitinha e tal… mas são as revoluções que fazem a diferença! e ao muito me engano ou para breve está para nascer mais uma revolução a escala mundial... algo que mais uma vez abane os alicerces do poder implantado e mude o sistema... as coisas são ciclicas e a ultima grande guerra já acabou a mais de 50anos... existem demasiadas tensões acumuladas... e tal como acontece com as placas tectonicas a energia tem q ser libertada..... tal ql como uma vidente prevejo que já ñ falte muito pra q rebente a revolução!


Ponto 4

Confesso que infelizmente não sou leitor assíduo do inimigo publico… mas fiquei com curiosidade…..