Antes de dizer mais nada, peço desculpa pelo modo como escrevo. Reconheço que a insistência no meu interesse recente em ouvir de novo os debates parlamentares e os discursos intelectualíssimos e repletos de conteúdo dos nossos senhores ministros em particular e o senhor primeiro ministro em geral, que a capacidade de leitura dos meus textos em modo fechado (ou seja, sem abrir impulsivamente a boca a meio) tenha deteriorado significativamente. Dito isto continuo.
A entropia é a morte. Oblívio do mundo para sempre relegado ao esquecimento e ao vazio do negro. Inverso da luz, inverso de propósito, intenção, desejo, fonte do medo e da obscuridade do nosso quotidiano. A ordem é a vida, princípio definidor de um propósito e função, destino. Presente como porvir ou desejo. Sentido. Aliás, é o nosso desejo de porvir e ordem que nos cria a noção de sentido, que ironicamente é usado no discurso de que o sentido das coisas é caminhar para a desordem!
Mas isso é uma ordem!!
Perdoem-me a repentina mudança de velocidade no discurso, mas é uma gralha de raciocínio óbvia que não me posso conter em delatá-la. O que é tido como garante é que a "ordenação" é uma função de trás para a frente, nunca o inverso. Acho que não. Ordenar é sobretudo lembrar. E prevalecer. Conservar! É portanto um valor do passado. Progredir é neste campo deslavrar barreiras, alargar o território, libertarmo-nos do que nos cerca e impede. É no fundo, desordenar!
A resposta é a inteligência. Apenas a inteligência salva da desordem. Apenas a vida ordena, cria e renasce das cinzas. Eu acredito na inteligência da vida em relação ao oblívio. E acredito que ela contradiz tais teoremas absurdos! Faz parte da matéria ao ser usada para fins da inteligência gastar-se em tal processo. Dito de outra forma, a ordem em si tem um preço. Tem um imposto! O Imposto sobre o Valor Acrescentado!!
E mais não digo, nunca por não ter mais que dizer, mas para calar o papagaio que começa a nascer dentro de mim. Começo a ser fala-barato!! Falta de síntese talvez...
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