terça-feira, janeiro 04, 2005

And now for something completely different.

Escrevi aqui coisas fantásticas mas o computador não me ajudou e todas as palavras foram para o oblívio do nada. Vivemos sem dúvidas na idade negra da informação.

Resta-me uma pergunta que talvez tenha sido o motor das coisas fantásticas, à maneira de Alice que desapareceram... era sobre um cientista ter descoberto um modo fantástico de transporte instantâneo, tornando obsoletos quaisquer sistemas de transporte (deixo à imaginação alheia as consequências de tal especulação porque me falta a paciência para as descrever de novo)

E às farturas agnósticas a obrigatoriedade de responderem.

Porque vivemos? O que é a Vida? O que andamos cá a fazer?
(uma DEFINIÇÃO e não uma CARACTERIZAÇÃO. Para "impressões" basta-me um carimbo. Para experiências basta-me um comando da PS2, não viver)

ou de outra maneira: para que servem os amigos? O que É um amigo?
(quero uma DEFINIÇÃO e não uma CARACTERIZAÇÃO. Não quero uma coisa do género: "é um tipo que faz isto ou aquilo...")


PS: Acerca de 1984. O livro fala da prisão de um sistema fechado sobre si. Alienado. O título original do livro era para ter sido "o último homem na Terra" (que seria Winston). O problema de Winston é que ele via a realidade como "objectiva", enquanto que o Partido via-a como uma construção do Homem! E se é possível construir a realidade, então que fosse o Partido a fazê-lo. Porquê, pergunta o Winston, não sei bem em que parte do livro, ao que O'Brien há de responder, porque queremos o Poder. Não para servir, mas porque SIM. É objecto de desejo.

Não para servir porque obviamente não existe propósito algum na vida neste sistema. Não havendo propósito, o Poder não serve, apenas é servido.

É um círculo a fechar-se sobre eu próprio. O final de uma fenda no fundo da gruta na qual eu desesperadamente tento abrir um caminho (sempre em frente, nunca para trás). Um buraco negro (http://www.iis.com.br/~cat/catalisando/2003-08-04_07h56_Singularidade_matematica.htm)

Não leves isto tão leve como isso. Muitos filósofos hoje em dia discutem o conceito de "singularidade matemática" como um conceito que irá definir uma data futura. Uma espécie de "salto" para outro nível que nós não sabemos muito bem para onde, para o quê, etc.
Como sendo uns gorilas e tentarmos imaginar seres humanos a criarem máquinas que voam e fazem contas e constroem mundos virtuais...

"Why?"
"Because I chose to."

Fartura favor responder. :)

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