Uma das maiores calamidades culturais, a meu ver, é a substituição do mito do menino jesus pelo pai natal.
De um mito de generosidade e adoração a um recém-nascido sobrenatural, ao qual se dão presentes, símbolo da esperança que se coloca no futuro, sobrepõe-se outro oferecido pelo consumismo de um velho sobrenatural em péssima forma, sofrendo de obesidade e miopia, que oferece presentes aos putos da nossa geração.
Podia o distraído concluir que hoje tem-se esperança não em messias sobrenaturais mas nas próprias crianças mortais e humanas, e que isso seria coisa boa.
Proponho que não.
Proponho que é um retrocesso.
À vossa imaginação deixo a construção das razões para tal.
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