sexta-feira, abril 28, 2006
WAR!
A good article I have just found. When I have the proper time I will read it better, but it seems powerful.
quinta-feira, abril 27, 2006
segunda-feira, abril 24, 2006
Piranesi
Proclamei-o porque sinto que hoje em dia se tenta reproduzir uma civilização do género da que Piranesi retratou. Abismal. Espantosa. Ultra. Giga. Tera. (Metrópolis? Quem nos dera) Pináculos ao alto. Coração em Deus. E tudo em nome do Marketing. Será isso "sustentável"? Parece-me é surpreendentemente idiota.
quinta-feira, abril 20, 2006
Pedra Filosofal
Salvé, grande Piranesi, sonhador da única verdade, profeta dos altíssimos, senhor do sublime. Dai-nos a visão de Babilónia, torre do infinito segredo, santo plano guardado às setenta e duas chaves pelos trinta e seis Senhores deste Mundo. Ó Babel, quão grande o desejo da tua infinita sabedoria e vaidade, desejo do teu púbis, da tua posse. Raínha das Vaidades e Mistérios, Grande Puta, dai-nos a tua virgindade para que nós, na nossa mesquinhez e falta de espírito te possamos violar e deglutir, como cães, como bestas que somos, arqueólogos das tuas tripas, saqueadores da tua beleza infinita.
A ti te damos todos os tesouros da nossa terra, a ti te proclamamos infinita e te adoramos, em ti sentimos o desprezo necessário, o sacrifício humano, seremos o teu cordeiro. Para sempre havemos de te construir, ó torre miserável, que apontas nefasta e impeadosamente contra o céu, contra o Falso. Agulhas telúricas de energias sublunares, criadoras de redes templárias, ó grande Rosa-Cruz, cumpra-se o teu destino, revele-se o segredo da Salvação, e morramos a seguir. À ejaculação. Ao orgasmo do Universo. Porque a seguir vem Outro, que nascerá. A grande Besta. Que destruirá. E cumprirá, o Universo.
O Segredo, a Alma do Negócio, Baphomet. Basta-me insinuar que possuo algo do Plano de Deus que tu desconheces, que tu cais aos meus pés. Rendido aos meus encantos, à minha Puta que criei e te consome. Holograma dos Anagramas, ao Homem foi dada a Palavra, a Santa, para que nós a desdenhássemos e desconstruíssemos. Para que a destruíssemos, e das cinzas nos cumpríssemos. A Jesus, o grande Bode, o Expiatório, carneiro de todos os Homens, foi-lhe dado o segredo. Pequeno. Que nos amássemos. Que nos déssemos a Deus, ou seja, à vida, ao presente, à carne, ao vinho, ao trabalho, ou seja ao amor. E que gerássemos. E que da fruta nasce a árvore, e da árvore nasce a fruta, e que merda de segredo é este?
Acreditais em algo tão simplório, tão idiota? Ridículo, meus gentios, não acrediteis em Deus, acreditai em Algo Maior. Algo Escondido para sempre e irrevelável, pois se o fosse, deixava de o ser. Eternamente Escondido, eis o verdadeiro sentido do Universo e a nós é-nos dado apenas o papel da barata tonta.
Não, minha gente. Sois tontos em ouvi-lo, ao Simplex. Continuai mas é a construir Elefantes dos Brancos, símbolo da Beleza Eternamente Escondida, fonte da maldita esperança fútil. Continuai a escravizar os outros para que Babel se construa, e para que no final da tua vida possas dizer: "matei milhões. mas por uma boa razão."
A razão de ensinares o teu filho a fazer o mesmo.
segunda-feira, abril 17, 2006
Pensamento do dia
sexta-feira, abril 14, 2006
Out of Control
São nestes momentos que dou graças à certeza da ressureição. Mesmo quando não acredito. Porque a vida vence, momento a momento, cruxifixão a cruxifixão, através de todas as traições, ódios, invejas e mortes - que não passam de mentiras fugazes da vida - , e é essa a verdade mais bela que existe.
quinta-feira, abril 13, 2006
13, véspera de Sexta-Feira
O dia começou mal, transito, uma avaria, e depois outra, e por final chatices. É incrível como o escrever pode tornar estes pequenos mas irritantes nadas detalhes irrelevantes. Hoje, 13, véspera de sexta feira deverá ser um dia parado na fábrica, prometo a mim mesmo uns momentos para apontar o que à muito me vai pela alma. Sento-me um pouco….
Mas largo tudo o qto tenho em mãos, recomeço novamente o dia, chegou uma das Urgentes (palavra demasiado séria, para no seu interior se revelar tão mundana…) pena q o seja... não está nas minhas mãos. Hoje em dia vivemos numa contínua falta de respeito, proletariado, ou patronato somos dominados por uma série de vontades alheias (o tempo nunca mais passa… nunca mais são horas de ir de fds).
Subitamente tremo, o telefone toca esganiçado, é este o momento da mentira. (conscientemente acato a teoria que se um problema só tem uma solução, esta é sempre correcta, mentalizo-me, mas as pernas parecem não concordar). Atendo a medo, gagejo,( espero que ninguém repare,) lá conto a minha mentira toda de enfiada, (o cérebro dispara… terá sido demasiado ornamentada? E os detalhes? Serão demasiados? Mas uma boa mentira tem q ter bases aparentemente sólidas…será q ele pode verificar alguma coisa? Será q qr?… vou ser apanhado..) - Quem sou eu? Neste momento sou vulnerável, sou um malabarista de circo - mas o outro lado da linha, meio a vergonha pede-me um favor, diz-me q se enganou, pede perdão, e alarga as minhas hipóteses de fuga, a mentira desmoronou-se sem sentido, o favor que a custo me pedem é a minha salvação. Tou safo!! Vou ser magnânime, e decido ajudar o próximo.
quarta-feira, abril 12, 2006
ai a loiça!
domingo, abril 09, 2006
Ninguém
terça-feira, abril 04, 2006
segunda-feira, abril 03, 2006
Baco
Ou apenas ver. Como é a Forma. deste texto?
Anaaalisa-o. Distorce-o. Diz que é feio, que é lindo, como se isso interessasse às palavras que lês. Não vês que elas são cegas à tua presença? Ou será que és cego? "A arte é uma mentira" lá dizia o Picasso e ninguém o entendia (...Confesso, estou bêbado, bêbado como o Baco. Mas não de vinho. Nem de almôndegas. Da vida, mas não da realidade. Da TV, da Arte, dos anúncios belos e cheios de curvas, como todos os objectos à nossa volta foram desenhados para serem os mais sexys, os mais desejáveis. Nem consigo repugnar! É tudo demasiado Belo! Enchem-nos os sentidos até ao esófago e exigem-nos criatividade, não me admira que todos os meus colegas pareçam regurgitar o seu trabalho.
(aqui perdi um pouco a minha sinceridade. Ali em cima pareceu-me mais giro, mais belo.
Belos parêntesis, vejam bem, como a arte é. Nem sequer fechei o anterior para criar uma suspensão na respiração do leitor. Agora não sabes se ele acabou ou não. Usa todas as armas para interessar o leitor, dar-lhe! uma! experiência estética!
Pois pois... Freud delirante é o que chamo ao mundo, eu o velho do restelo... eu eu. Eu?Sim eu. Digo mal pois digo, não é por acaso que escolhi ser do FCP, pois irritavam-me todos esses seres benfiquistas que diziam "ganhámos ganhámos", quando no fundo apenas ganharam uma cara de aparvalhados ao mesmo tempo que perderam o dinheiro das suas quotas e bilhetes. Ridículo? Mas o que andamos aqui a fazer? (é. aqui perdeu-se a linearidade textual, onde se denota demasiada vaidade para tão mau gosto) Gastar pilhas em videojogos "reais"? A vida é um flirt? (...ui ui, isto tá a piorar! Agora entrámos nos lugares-comuns...) Mas que merda! Deixem-me em paz! Parem de analisar! Digam coisas! (ah, bem feito bem colocado. boa passagem de elementos retóricos reais para um mais surrealista, uma passagem de profundidades). Será possível ainda dizer alguma coisa? (mas que harmonia de elementos! Repare-se como o autor mistura dois tempos, criação e crítica num único espaço, desconstruíndo-os, agora entende-se onde o autor queria chegar! Brilhante!)
- Ah mas eu não sou de tal opinião. Isto de ter um escritor que faz de criador e crítico da sua própria obra parece-me mais um sintoma de grandiosidade misturado com autismo grave.
- Capaz... mas lembra-te que também nós não passamos de pensamentos do mesmo.
- E daí? Devo homenageá-lo por isso, não? Ainda por cima tem falta de imaginação e tenta enganar os seus amigos com um pretensiosismo destes! Cá uma lata!.... e não pára!
- Pois é. Já farta.
Farto.
Sinto-me anestesiado por tanta beleza,
farto de tanta estética.
farto de tanto espelho mágico.
Farto da palavra.
e do verbo.
Anesteticizado.
...
Yo ho ho and a bottle of rum!