terça-feira, dezembro 16, 2008

estamos perante um blog morto?

será que morri e fui sozinho para o purgatório das farturas ?

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces 
Estendendo-me os braços, e seguros 
De que seria bom que eu os ouvisse 
Quando me dizem: "vem por aqui!" 
Eu olho-os com olhos lassos, 
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) 
E cruzo os braços, 
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta: 
Criar desumanidade! 
Não acompanhar ninguém. 
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade 
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde 
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde 
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos, 
Redemoinhar aos ventos, 
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, 
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi 
Só para desflorar florestas virgens, 
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! 
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós 
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem 
Para eu derrubar os meus obstáculos?... 
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós, 
E vós amais o que é fácil! 
Eu amo o Longe e a Miragem, 
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas, 
Tendes jardins, tendes canteiros, 
Tendes pátria, tendes tectos, 
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios... 
Eu tenho a minha Loucura ! 
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, 
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém. 
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe; 
Mas eu, que nunca principio nem acabo, 
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções! 
Ninguém me peça definições! 
Ninguém me diga: "vem por aqui"! 
A minha vida é um vendaval que se soltou. 
É uma onda que se alevantou. 
É um átomo a mais que se animou... 
Não sei por onde vou, 
Não sei para onde vou 
- Sei que não vou por aí!

José Régio


terça-feira, outubro 28, 2008

Acabei de descobrir.... aprende-se... e sempre damos uns baguinhos de arroz....

http://freerice.com/

segunda-feira, outubro 20, 2008

in the mood....



 "Eu não quero nada de ti, nem de mão beijada, 
Fiz-te uma simples pergunta mais nada
O preconceito espelhado na tua face 
foi suficiente para que eu desde logo me assustasse 
irónico, mas enojas-me, mais do que eu a ti 
Bastou-me um segundo e logo, logo percebi
Nasci ontem mas passei a noite acordado 
Conheço as pessoas,  
de facto sou licenciado numa escola a que nunca terás acesso,
nem todo o dinheiro do mundo chega para o ingresso
Guarda o teu medo e segue lá o teu caminho 
só queria saber se ainda estava a dar o mariño 
Hoje quero ir ouvir um som doce como uma tarte
e deliciar-me com mais um pedaço de arte"

From
DA Weasel - "pedaço de arte"
































sexta-feira, julho 18, 2008

alterações

decidi unilateralmente rescindir com as noticias aqui o lado.... armei-me em Robert Mugabe, e tomei o poder....

estava farto de ler más noticias sobre a crise do petróleo... O "i told you so" já começava a ficar chato....

ainda para mais para uma fartura como eu que vive o problema... o óleo que dantes fritava as minhas irmãs já anda a ser consumido nos motores do automóveis suburbanos.... e mais barato do que a gasolina!!!!!


Taoísmo

ao ler esta passagem não pude deixar de recordar a teoria da matéria vrs anti matéria, as equações de  Shrodinger, a teoria dos buracos negros e toda essa física quântica que a sociedade moderna nos ensina na escola.

É curioso que a medida que vou explorando novas formas de abordar a vida, vou descobrindo pontes entre elas, um pouco como o hinduísmo, em que existem diferentes imagens da mesma realidade, e neste sentido não posso deixar de me questionar se não será, de certa forma, a ciência tb uma religião?

será que existem vestígios dos primórdios do mundo no nosso ADN cultural e de certa forma "os antigos" quiseram passar a imagem do principio do mundo, mas não encontrando formas de o enunciar foram criando diferentes realidades? -  nesta linha de pensamento, com o evoluir da sociedade, da comunicação, da linguagem, pode-se finalmente expressar aquilo que antes não poderia ser dito, pode-se medir, provar, experimentar e chegar no final a conclusões que já existiam... bem lá no fundo na nossa alma.....

Ser ciêntista e ser religioso....


In wikipédia:


" As ideias cosmogónicas e metafísicas do Tao Te Ching de acordo com algumas ramificações do taoísmo podem ser definidos da seguinte forma:

Tudo nasce do vazio indiferenciado, imensurável, insondável, que nunca pode ser exausto: «o Tao sem nome», que se move em torno de si mesmo sem parar. Deste «Tao sem nome» (que não existe) nasce o que existe (e tem nome): O Caminho (Tao). Não vemos o Tao como Um por causa dos nomes com que designamos o que vemos com os nossos sentidos - as «dez mil coisas» (O caracter chinês que significa «dez mil» é usado, como aliás também no grego, para significar uma míriade, ou seja, um número grande e indefinido.) É com o aparecimento dos nomes que aparecem todas as coisas e o Um se transforma em muitos.

A Virtude (Te) é a manifestação do Tao através da sua misteriosa operação: o chamado «agir não agindo» - a acção involuntária que caracteriza a natureza das coisas - «O modo de Caminhar».

 

Lao Zi

A partir destas ideias cosmogónicas e metafísicas, Lao Tzi deduz um sistema de moral e regras de conduta que tem por objectivo conformar as acções humanas com a ordem natural do Universo. O Homem nasceu do Tao mas depois começou a desviar-se dos seus atributos, ou seja, perdeu a Virtude - o saber como Caminhar. É uma queda que lembra a queda que se seguiu à expulsão de Adão e Eva do Paraíso, segundo a Bíblia. O Caminho do Tao é o caminho de volta ao estado de graça em harmonia com o Tao (o chamado «regresso precoce»).

Tao é normalmente traduzido como Caminho ou Via. Mas apenas por parecer ser «o melhor que se pôde arranjar». De facto, o caminho não se distingue do caminhante ou do caminhar. Não há criador. O universo (o Céu e a Terra) apareceu (e aparece continuamente) a partir do Tao primordial. O que existe aparece do que não existia antes e é eterno. O universo é como um organismo vivo resultante da expansão vitalizada do Tao (a ordem natural, a providência). O Tao manifesta-se continuamente no fluxo e refluxo constante de todas coisas que existem e que foram criadas pela sua actividade.

O Tao não tem personalidade. O que vitaliza o universo são dois princípios ou substâncias que combinados são o Tao: o yang (luz, calor, criativo, masculino) - que existe especialmente concentrado no Céu - e o yin (sombra, frio, receptivo, feminino) - que existe especialmente concentrado na Terra.


Vários filósofos taoístas chineses entendem os versículos que expõem as ideias cosmogónicas sobre o início do universo como sendo, de facto ou também, a descrição do modo como a consciência da realidade externa emerge na nossa mente.

Quando vemos uma cor ou ouvimos um som, há um momento breve inicial em que o nosso cérebro ainda não fez um julgamento sobre a nossa percepção; não sabemos ainda que som ou cor é, nem sequer temos ainda uma consciência clara que estamos a ouvir ou ver alguma coisa. Estamos no domínio «do sem nome», do vazio indiferenciado que nunca pode ser exausto ou descrito. Depois, quando emerge a consciência e o pensamento, que tem por base a linguagem, passamos ao domínio «do que tem nome» e vemos então todas coisas diferenciadas, cada uma com o seu nome. É com o aparecimento dos nomes que aparecem todas as coisas e o Um se transforma em muitos.

Em termos mentais, o Caminho do Tao é o caminho de volta a esse breve «estado de graça» inicial. Um estado em que qualquer trabalho mental interior é eliminado e em que regressamos à nossa espontaneidade natural. As práticas dos Budismos Chan e Zen, que tiveram a sua origem nas ideias taoistas, têm como objectivo exactamente atingir esse estado mental primordial de fusão paradoxal com o Um. Cosmogonia no Tao Te Ching

As ideias cosmogónicas e metafísicas do Tao Te Ching de acordo com algumas ramificações do taoísmo podem ser definidos da seguinte forma:

Tudo nasce do vazio indiferenciado, imensurável, insondável, que nunca pode ser exausto: «o Tao sem nome», que se move em torno de si mesmo sem parar. Deste «Tao sem nome» (que não existe) nasce o que existe (e tem nome): O Caminho (Tao). Não vemos o Tao como Um por causa dos nomes com que designamos o que vemos com os nossos sentidos - as «dez mil coisas» (O caracter chinês que significa «dez mil» é usado, como aliás também no grego, para significar uma míriade, ou seja, um número grande e indefinido.) É com o aparecimento dos nomes que aparecem todas as coisas e o Um se transforma em muitos.

A Virtude (Te) é a manifestação do Tao através da sua misteriosa operação: o chamado «agir não agindo» - a acção involuntária que caracteriza a natureza das coisas - «O modo de Caminhar».

Lao Zi

A partir destas ideias cosmogónicas e metafísicas, Lao Tzi deduz um sistema de moral e regras de conduta que tem por objectivo conformar as acções humanas com a ordem natural do Universo. O Homem nasceu do Tao mas depois começou a desviar-se dos seus atributos, ou seja, perdeu a Virtude - o saber como Caminhar. É uma queda que lembra a queda que se seguiu à expulsão de Adão e Eva do Paraíso, segundo a Bíblia. O Caminho do Tao é o caminho de volta ao estado de graça em harmonia com o Tao (o chamado «regresso precoce»).

Tao é normalmente traduzido como Caminho ou Via. Mas apenas por parecer ser «o melhor que se pôde arranjar». De facto, o caminho não se distingue do caminhante ou do caminhar. Não há criador. O universo (o Céu e a Terra) apareceu (e aparece continuamente) a partir do Tao primordial. O que existe aparece do que não existia antes e é eterno. O universo é como um organismo vivo resultante da expansão vitalizada do Tao (a ordem natural, a providência). O Tao manifesta-se continuamente no fluxo e refluxo constante de todas coisas que existem e que foram criadas pela sua actividade.

O Tao não tem personalidade. O que vitaliza o universo são dois princípios ou substâncias que combinados são o Tao: o yang (luz, calor, criativo, masculino) - que existe especialmente concentrado no Céu - e o yin (sombra, frio, receptivo, feminino) - que existe especialmente concentrado na Terra.


Vários filósofos taoístas chineses entendem os versículos que expõem as ideias cosmogónicas sobre o início do universo como sendo, de facto ou também, a descrição do modo como a consciência da realidade externa emerge na nossa mente.

Quando vemos uma cor ou ouvimos um som, há um momento breve inicial em que o nosso cérebro ainda não fez um julgamento sobre a nossa percepção; não sabemos ainda que som ou cor é, nem sequer temos ainda uma consciência clara que estamos a ouvir ou ver alguma coisa. Estamos no domínio «do sem nome», do vazio indiferenciado que nunca pode ser exausto ou descrito. Depois, quando emerge a consciência e o pensamento, que tem por base a linguagem, passamos ao domínio «do que tem nome» e vemos então todas coisas diferenciadas, cada uma com o seu nome. É com o aparecimento dos nomes que aparecem todas as coisas e o Um se transforma em muitos.

Em termos mentais, o Caminho do Tao é o caminho de volta a esse breve «estado de graça» inicial. Um estado em que qualquer trabalho mental interior é eliminado e em que regressamos à nossa espontaneidade natural. As práticas dos Budismos Chan e Zen, que tiveram a sua origem nas ideias taoistas, têm como objectivo exactamente atingir esse estado mental primordial de fusão paradoxal com o Um. "



segunda-feira, janeiro 28, 2008

Ele: e então, foi bom?
Ela: foi…
Ele: mas foi bom, bom.. ou bom assim assim?
Ela: ahh sei lá…
Ele: vá… de 0 a 20… dá-me uma nota…
Ela: sei lá… 13?
Ele: só 13??? Mas….
Ela: mas oh Luis tu não queres que eu te minta…..
Ele: o que é que tu disseste?
Ela: 13 é uma excelente marca e…
Ele: não… tu disseste “oh luís tu não queres que eu te minta…” eu não sou o Luis…
Ela: então quem és tu?
Ele: com um 13 achas que eu vou dizer?
Ela: …..mas…
Ele: vamos tentar outra vez… a ver se melhoramos essa marca…. Pelo Luis….