quarta-feira, julho 26, 2006

ahh e tal

... disseram-me para escrever aqui porque determinada questão coisa e tal, e que se eu não o fizesse então ui ui. Está confuso. Tou a fazer uma planta de uma casa e aquilo parece que a cada alteração q faço de modo a resolver os problemas levantados mais problemas pareço criar e mais confuso fica. E o raio do homem q nao me ajuda. É complicado. É tipo a cena da figura e do fundo, quando se mexe na figura para estar bem nas suas partes, perde-se a relação com o fundo, quando se mexe para ficar bem com o fundo, perde relação entre as partes. tenho a sensação de estar a cozer arquitectura. Mexe aqui, mexe dali, roda isto, estica aquilo. Escultura, linhas contínuas que dão a volta à casa, que ligam o todo com a parte e lhe dão sentido, coisas tipo dentro e fora, tipo preto e branco, tás a ver, bué profundo. Agressivo e acolhedor, lanche e pequeno-almoço, escritório e sala. Pés-direitos duplos. Luz zenital diagonal. É giro. Mas sem ponta por onde se lhe pegue. Eixos. Direcções visuais. O Siza é que sabia fazer destas coisas, fazia da arquitectura uma morada.

Palhaço, veio o 25 de abril e estragou-se todo. Bem, tentei encontrar fotos da casa do mestre que aflorava na minha mente, mas não encontrei. É da década de sessenta. Fico-me por um render merdoso que tirei, nem sei porque o publico, talvez para que no futuro me lembre da minha ingenuidade e me ria um pouco, escondendo sem dúvida por detrás do riso uma melancolia pela perca da inocência e do sonho...



"é uma caixa de fósforos"!!! Não sejam mauzinhos. O objectivo nesta perspectiva é criar um filtro de sombra entre a casa, o pequeno pátio ao fundo (ligeiramente à esquerda) e a piscina. A casa desenvolve-se por debaixo da rua (muro à esquerda), com umas escadinhas que descem para outro pátio, definido pela ortogonalidade da casa e pela curva do muro. Lá dentro é que está mais confuso... vai a planta...

Ainda está muito em estudo. Entra-se para a casa ora pelas escadinhas de cima tão a ver, ou então pela garagem na parte direita. As escadas para o piso inferior (o dos quartos) não aparece, n sei porque razao, é o rectângulo não fechado à frente do elevador. (sim tem elevador, a habitação unifamiliar, não é engano!!) A sala está demasiado aberta para o resto da casa, e isto de entrar para um átrio e olhar para a direita e ver uma sala de jantar com o jardim em pano de fundo é no mínimo estranho. Mas se eu puxar para lá a sala, não fica demasiado grande? O muro é aquela linha curva ali em cima. A ideia é criar um triângulo entre os wc da piscina (quadrado em cima) e a cozinha, para refeições, churrascos, etc. O alpendre em baixo é para proteger da luz solar (sul) e enquadrar a vista (sudoeste).

As ideias estão lá, só está é tudo confuso. Sala demasiado aberta, um "espaço" à direita da sala que nem sei bem o que pode ser, um quarto? um escritório? com uma casa de banho e tudo, e entre a sala de estar, jantar e cozinha, não me entendo. Arre que sou estúpido. Ando com isto há três dias e não consigo dar solução... e sábado tou de férias.

terça-feira, julho 04, 2006

Semente


Na cabeça de nossas mães seremos sempre crianças. Descobri que tinha barba rija, quando alguém que me é muito querido decidiu deitar uma semente à terra.

Tenho-me mantido afastado desde blog nos últimos meses propositadamente, tive a oportunidade de correr mundo, de conhecer gente nova, de me apaixonar novamente, de me sentir vivo e cheio de vontade de cheirar todas as flores e experimentar texturas, e abordagens à mesma realidade. Mas no percurso perdi um grande amigo devido a futilidades, a seu tempo vou digerir e contarei a minha versão da historia

Tenho evitado escrever pq queria a inspiração suprema, a arte de poder sublimar todos os pequenos detalhes q tornaram estas viagens que ainda estou a realizar ainda mais fantásticas. Tenho os meus olhos tão cheios de coisas lindas que sinto que vou transbordar. Todo o mundo á minha volta tem ruído, mas pareço não notar… o egoísmo querer viver faz-nos crescer todos os dias… mas o amor faz-nos crescer todos os segundos, qr seja o amor por um filho, qr seja um amor impossível... o amor é obsessão, temos uma pala nos olhos, e qual burros bem comportados apenas vemos o caminho em frente ignorando o que nos rodeia. O mundo pode estar a desabar, a casa a ruir.. mas aquela faísca qdo existe relativiza tudo isso relegando outros instictos para segundo plano… por hoje tenho q vos deixar… mas prometo que volto amanha e termino o meu raciocínio… agora vou-me entregar nas mãos do sono..